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    Tales Andreassi

    Se vira nos 30

    08/02/2015 02h00

    Um termo cada vez mais em voga no empreendedorismo é o "bootstrapping". Tal palavra originalmente se refere àquelas alças na parte superior das botas que auxiliam o indivíduo a calçá-las.

    Mas em empreendedorismo, "bootstrapping" significa mobilizar esforços para iniciar um negócio, sem que o empreendedor precise pegar dinheiro com um investidor anjo ou um capitalista de risco, já que nesse caso ele dá em troca um percentual do negócio e acaba perdendo parte de sua autonomia sobre ele.

    Assim, conseguir dinheiro de amigos e parentes, utilizar linhas de financiamento não reembolsáveis (como o programa PIPE da Fapesp, por exemplo), começar o negócio na garagem de casa para reduzir custos ou ainda conseguir serviços na base da permuta são exemplos de "bootstrapping".

    Uma forma cada vez mais comum de levantar dinheiro segundo a filosofia do "bootstrapping" é utilizar as plataformas colaborativas, também conhecidas como crowdfunding.

    Trata-se de conseguir recursos por meio da colaboração de várias pessoas, as quais contribuem com pequenas quantias, de forma a viabilizar o negócio. É a famosa "vaquinha".

    Um dos primeiros sites a utilizar a lógica do crowdfunding foi o Kickstarter (www.kickstarter.com), fundado em 2008 nos Estados Unidos.

    Por meio desse site, as pessoas podem divulgar seus projetos de negócios e receberem doações, e o Kickstarter fica com um pequeno percentual sobre tais doações. Em 2014, uma empresa apoiada pelo Kickstarter, a Oculus VR, foi vendida ao Facebook por 2 bilhões de dólares.

    O site já atingiu 1 bilhão de dólares doados, vindo de quase 6 milhões de pessoas oriundas de 224 países.

    No Brasil, o Catarse (www.catarse.me) é um dos principais sites de crowdfunding, tendo a maioria de seus projetos ligada à música e literatura.

    Vale a pena dar uma conferida no site, quem sabe não está aí a oportunidade que você precisa para iniciar seu negócio em 2015?

    tales andreassi

    Escreveu até junho de 2016

    É professor e vice-diretor da Escola de Administração de Empresas da FGV-SP.

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