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    Tales Andreassi

    Marketplace

    22/02/2015 02h00

    Uma startup nada mais é do que uma organização em busca de um modelo de negócio, o que pode ser traduzido por uma frase: "como é que eu ganho dinheiro com isso?".

    Algumas startups encontraram o jeito de ganhar dinheiro no e-commerce, como a Amazon, que iniciou suas atividades vendendo livros pela internet.

    Outras escolhem o modelo da cauda longa, focando em mercados de nicho ao invés dos grandes mercados, muito mais competitivos e difíceis.

    Um modelo de negócios que está ganhando cada vez mais força é o marketplace. Trata-se de uma plataforma que une dois públicos, um que demanda e outro que oferta algo. A empresa põe em contato esses dois públicos, cobrando uma comissão.

    O caso mais emblemático é o Booking.com, site de reserva de hotéis.

    A vantagem de um marketplace é que não há necessidade de se ter todo um aparato logístico para a entrega do produto, como no e-commerce.

    Dada a alta escalabilidade desse modelo, com uma equipe razoavelmente pequena pode-se atingir uma quantidade imensa de pessoas. Outro exemplo é o Airbnb, site que permite que pessoas aluguem seus quartos ou casas por curtos períodos, por um preço inferior ao cobrado pelos hotéis.

    No Brasil, várias empresas adotam esse modelo. Recentemente tomei contato com uma startup que presta serviços de assistência técnica a computadores na casa do cliente. Trata-se da Encontre um nerd, empresa que atua em Curitiba e São Paulo e que já está com planos de expansão para outras cidades.

    Alguns aspectos são críticos nesse modelo. Um deles é a massa crítica, ou seja, como a comissão cobrada é baixa, é preciso ter muitos clientes para atingir um nível satisfatório de receitas.

    Outro ponto é o gerenciamento da demanda e da oferta, de modo a estabelecer uma relação de confiança mútua entre vendedor e comprador. O Airbnb, por exemplo, permite que tanto o locador quanto o locatário possam registrar no site a experiência, influenciando na decisão dos próximos compradores e vendedores.

    tales andreassi

    Escreveu até junho de 2016

    É professor e vice-diretor da Escola de Administração de Empresas da FGV-SP.

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