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    Tales Andreassi

    Compartilhamento

    09/08/2015 02h00

    Se anos atrás alguém dissesse que, no futuro, haveria um negócio em que as pessoas dividiriam sua casa com um estranho, provavelmente seria chamado de louco. No entanto, o Airbnb, site que permite o compartilhamento de casas ou quartos, foi recentemente avaliado em US$ 25 bilhões, uma das mais valiosas start-ups da atualidade!

    Outro exemplo de negócio baseado na lógica do compartilhamento são os sites de carona, que além de permitir que você aumente seu círculo de amizades, diminui a quantidade de veículos nas ruas, ajudando nosso tão complicado trânsito.

    Tais negócios têm como principal vantagem o fato de permitir que as pessoas possam ganhar algum dinheiro extra ao dispor de um bem ou serviço que possuem e que desejam compartilhar por um tempo.

    Vale tudo: desde casas, barcos, bicicletas, carros, até jantares. Sim, isso mesmo, jantares!

    Recentemente foi lançada no Brasil a plataforma dinneer.com.

    A proposta é unir os anfitriões, pessoas apaixonadas por comida, aos visitantes, que gostam de comer bem e que estão à procura de novas experiências e amizades.

    Os anfitriões anunciam seus pratos no site e escolhem uma data para o evento.

    Os visitantes interessados fazem suas inscrições e pagam para experimentar o jantar.

    Antes, no entanto, o site verifica as informações acerca dos visitantes e dos anfitriões, inclusive experimentando previamente o prato a ser servido. E cobra um percentual pelo serviço.

    A economia do compartilhamento não é algo novo, já que um dos primeiros relatos de negócios com essa lógica é de 2001, com o Wikipedia. Recentemente, o assunto voltou com força total, com a polêmica em torno do Uber.

    O professor Arun Sundararajan, da Stern School of Business, vê oportunidades em muitos outros setores, como o de estacionamento, por exemplo. Afinal, as garagens em prédios residenciais que ficam vazias durante todo o dia não poderiam ser ocupadas por pessoas que trabalham na área?

    Só espero que os donos de restaurantes não criem caso contra a modernidade...

    tales andreassi

    Escreveu até junho de 2016

    É professor e vice-diretor da Escola de Administração de Empresas da FGV-SP.

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