Até a Leroy Merlin chegar ao Brasil, em 1998, sair para fazer compras em lojas de materiais de construção não era exatamente algo que animasse. Feias, gigantes e bagunçadas, elas ainda se limitavam àquele gênero de produto que não dá o menor prazer de comprar, tipo tijolo e cimento.

Apesar do nome estranho e do conceito alienígena --a tal da bricolagem--, a rede francesa mudaria tudo. Demorou pouco para o povo abrasileirar o nome e entender o espírito da oferta, que agrega às matérias-primas uma quantidade igualmente industrial de itens para melhorar a casa na base do faça-você-mesmo, de capas de almofada a lareiras pré-fabricadas.

Para virar um programão, a loja também contou com organização jamais vista no ramo, um exército de caixas treinados para liberar todo mundo rápido, um crediário descomplicado e um expresso decente. Fora sacadas como a ocupação vertical do espaço, com displays avançando parede acima --o melhor é o das banheiras de hidromassagem.

	Rogerio Canella/Folhapress
	Leroy Merlin revela lado pop das lojas de materiais de construção

Dividido em um sem-número de categorias, boa parte oferecendo farto corredor de opções, o mix de acabamentos, ferramentas, itens decorativos e "soluções" domésticas é garantia de entretenimento. Enquanto os rapazes se divertem com disjuntores e polias, as moças se afundam em cortinas, velas, caixas para guardar tralhas --um dos clássicos da loja-- e plásticos coloridos.

Concebido para agradar a muitos, o padrão de gosto é convencional. Mas, se setores como iluminação e tapetes tendem ao pesado, dá para salvar muita coisa "alegre" em outros corredores, entre listrados, floridos e lisos em cores vivas.

Por último, mas fundamental, o preço não abusa e sempre se acha uma pechincha.

CONCLUSÃO: me chama que eu vou

Leroy Merlin. Av. Presidente Castelo Branco, 6.061, Barra Funda, zona oeste, São Paulo, SP. Tel.: 0/xx/11/4020-5376