De à toa, o Capricho à Toa não tem nada. Há mais de 20 anos escondido numa travessinha sem saída da Heitor Penteado, o brechó é um negócio estabelecidíssimo.

Com tudo que tem direito: piso de granito, café com mesas, provador múltiplo, sacolas customizadas para juntar peças pretendidas e anexo externo só com bolsas.

Ir lá num sábado à tarde é uma experiência; como só fecha às 18h30, virou programa local.

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	Uma das salas do brechó Capricho à Toa, chamadas de Casa Verde e de Casa Rosa, na zona oeste de São Paulo

Num calor dos diabos, mulheres de idades e matizes de classe média variados disputam as araras, enquanto um sertanejo "sexy" (com refrão tipo "que delícia, que fofinha, que tesão") bomba.

O vintage, nota-se, não é o forte. A aposta é em coleções retrasadas --roupa com jeito mais ou menos atual, boa parte básica- de marcas que vão de Marisa a Marni, com tudo o que se imaginar no meio.

Se deixa a desejar na escolha das peças, carecendo daquele preciosismo estilístico que faz a fama de tantos brechós, a loja é pródiga em variedade e quantidade.

Em salas batizadas Casa Verde ou Casa Rosa, sabe-se lá por que, vende uma quantidade industrial de jeans, tops e vestidos, além de itens incomuns para o ramo, como pijamas, cachecóis, biquínis, roupa de ginástica e roupa de festa.

No meio de tudo, é impossível não achar algo que dê um caldo por preço ótimo. Ainda que araras abarrotadas e clientela faminta façam do garimpo algo penoso.

Em coisa de uma hora, vi um top florido Adriana Barra por R$ 39, um casaco da Track and Field por R$ 29, uma camisa bordada da AX por R$ 50 e um vestido da Diane von Furstenberg por R$ 129.

CONCLUSÃO: não subestime

Capricho à Toa. R. Heitor Penteado, 1096, casa 8, Sumarezinho, zona oeste, São Paulo, SP. Tel.: 00/xx/11/2137-5926.