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    Uirá Machado

    Tradições e façanhas eleitorais

    16/07/2016 02h00

    Folhapress
    Russomanno, Marta, Erundina, Haddad, Doria, Feliciano e Matarazzo, pré-candidatos à prefeitura de SP
    Russomanno, Marta, Erundina, Haddad, Doria, Feliciano e Matarazzo, pré-candidatos à prefeitura de SP

    SÃO PAULO - O deputado federal Marco Feliciano (PSC) e o vereador Andrea Matarazzo (PSD), assim como os demais nomes que hoje não passam de 5% das intenções de voto, ficarão de fora do segundo turno da eleição municipal de São Paulo –eis o que se pode afirmar com certeza a partir da pesquisa Datafolha publicada nesta sexta (15).

    Quanto aos candidatos mais competitivos, qualquer conclusão será na verdade somente uma hipótese.

    Celso Russomanno, deputado federal pelo PRB, tem o melhor desempenho, mas pode ser impedido de concorrer por decisão do Supremo Tribunal Federal. Mesmo que isso não aconteça, precisará provar que aprendeu com os erros de 2012, quando perdeu fôlego na reta final.

    Em segundo lugar aparece Marta Suplicy (PMDB), sempre vinculada à periferia paulistana. Não se sabe, contudo, se seus eleitores permanecerão leais após ficar claro, durante a disputa, que a senadora não pertence mais ao PT, partido pelo qual foi prefeita da cidade de 2001 a 2004.

    Líder do pelotão intermediário, mas com pouquíssimo tempo de TV, a deputada federal Luiza Erundina (PSOL) dificilmente transformará em piso os percentuais de agora; para a ex-prefeita de São Paulo (1989-1992), o mais provável é que eles sejam teto.

    Por fim, há o prefeito Fernando Haddad (PT) e o empresário João Doria (PSDB). Hoje distantes dos líderes na pesquisa, têm a seu favor todo o histórico das eleições paulistanas.

    O PT, por exemplo, sempre chegou ao segundo turno. O mesmo se diga do prefeito da cidade, quando tentou a reeleição, ou do candidato por ele apoiado. Será uma façanha se Haddad romper com a tradição.

    Doria terá a maior exposição na propaganda eleitoral, graças às alianças costuradas por seu padrinho. Desde 1996, o dono do maior tempo de TV sempre chegou ao segundo turno, com uma exceção. Foi em 2000, quando Geraldo Alckmin (PSDB) ficou em terceiro. Será uma ironia se o tucano repetir a façanha.

    uirá machado

    Bacharel em direito e em filosofia, é editor da 'Ilustríssima'. Foi editor de 'Opinião', repórter de 'Poder' e coordenador de Artigos e Eventos

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