A União Europeia é responsável anualmente por 10% da devastação mundial de florestas. Já se for considerado o volume mundial de commodities comercializado anualmente, essa responsabilidade sobe para 36%.
Os dados são da própria União Europeia, que estuda a participação dos países do bloco nas perdas de áreas de florestas no mundo e quer traçar diretrizes para as próximas décadas.
Nas últimas duas décadas, pelo menos 239 milhões de hectares de florestas se tornaram áreas agrícolas, cidades ou estradas, aponta a FAO (Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação).
Essa participação da União Europeia na eliminação de florestas no mundo é baseada no conceito "deflorestação incorporada".
Ou seja, quanto o bloco consome dos produtos vindos dessas áreas que deixaram de ser florestas e passaram a ter outras finalidades.
Nesse conceito, a União Europeia é responsável por uma eliminação de 732 mil hectares de florestas por ano.
Já de 1990 a 2008, o bloco europeu importou 36% de todos os produtos agrícolas e pecuários comercializados vindos dessas regiões.
A maior parte da produção agrícola e pecuária obtida nessas áreas desflorestadas, no entanto, é consumida regionalmente. Apenas 33% da produção agrícola e 8% da pecuária vão para o comércio internacional.
Dependente da produção de alimentos de outras regiões, a União Europeia foi responsável pelo desmatamento de mais de 10 milhões de hectares de florestas no período de 1990 a 2008, tomando como base a "desflorestação incorporada".
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Pressionados A área de plantio de trigo cresce 10% no país, subindo para 2,1 milhões de hectares. Mesmo assim, a escassez de oferta vai manter os preços elevados, segundo a Safras & Mercado.
Safra maior Se não houver problemas climáticos no período de desenvolvimento da lavoura e na colheita do produto, a safra deverá atingir 5,6 milhões de toneladas, 31% acima da anterior.
No bolso A oferta menor de trigo e os preços elevados provocam uma alta de preços do cereal para o consumidor. A pesquisa quadrissemanal de preços da Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas) apresenta elevação do pão pela 12ª semana consecutiva em São Paulo.
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Indústria aposta no vidro para embalagem de leite
Trocado pelo plástico nas últimas décadas, o vidro volta a ser uma opção na indústria de alimentos e de bebidas. A Verallia, uma divisão do grupo Saint-Gobain, trouxe de volta a tradicional garrafa de vidro para o leite.
Mais leve, mas com a "cara" dos anos setenta, essa embalagem traz um diferencial à qualidade do produto, diz Orlando Luís Cardoso, gerente de contas da empresa.
A utilização da embalagem de vidro no leite ainda é restrita 150 mil unidades por ano, mas a empresa pretende atingir todas as grandes distribuidoras da bebida pasteurizada. A capacidade de produção atual é de 100 mil garrafas por dia, diz Cardoso.
Já no Rio de Janeiro e em São Paulo, a Verallia está de olho agora em Minas Gerais, "um mercado que tem mais fidelidade ao leite", diz ele.
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Frio intenso não deverá trazer danos às lavouras
O frio que ocorrerá no Sul e no Sudeste do país nos próximos dias não deverá ter a intensidade inicial prevista. Com isso, não ocorrerão geadas nas regiões produtoras de café e de cana-de-açúcar do Paraná e de Mato Grosso do Sul. Se ocorrer, será apenas em pontos isolados.
A informação é do agrometeorologista Marco Antonio dos Santos da Somar. As temperaturas vão ser baixas, mas não o suficiente para causar danos às lavouras, diz ele.
Um dos motivos desse enfraquecimento da massa de ar polar é a ocorrência de ventos de intensidade forte e de altitude que empurram o ar frio para o oceano. Para ele, o frio mais intenso irá ocorrer entre os dias 24 e 25 próximos.
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Etanol
Preço recua nas usinas e nos postos de SP
O álcool hidratado caiu 3,3% nas usinas paulistas nesta semana e foi a R$ 1,10 por litro. O anidro recuou 1,7%, para R$ 1,29 o litro, segundo o Cepea.
Na bomba, tanto o etanol quanto a gasolina recuaram 0,11%, segundo a Folha. O preço médio do etanol, ontem, era de R$ 1,788 nos postos.
Vaivém das Commodities
Por Mauro Zafalon
Mauro Zafalon é jornalista e, em duas passagens pela Folha, soma 40 anos de jornal. Escreve sobre commodities e pecuária. Escreve de terça a sábado.