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    Vaivém

    Soja e carnes têm receitas melhores e sustentam saldo da balança neste mês

    23/07/2013 03h00

    A soja e as carnes continuam dando suporte para a balança comercial. Os dados de ontem da Secex (Secretaria de Comércio Exterior) indicam que as vendas externas de soja perderam ritmo na média diária neste mês.

    Julho terá, no entanto, um número maior de dias do que junho, o que vai permitir um volume total a ser exportado de 6,7 milhões de toneladas, um pouco acima dos 6,6 milhões do mês passado.

    Se as exportações de julho atingirem esse volume, o país terá exportado 29 milhões de toneladas de soja em apenas quatro meses, 74% dos 39 milhões que deverão ser vendidos neste ano, segundo a Abiove (Associação Brasileiras das Indústrias Brasileiras de Óleos Vegetais).

    As receitas dessas vendas externas continuam irrigando o saldo total da balança comercial, que é positivo neste mês em US$ 137 milhões.

    A soja em grãos deverá render US$ 3,6 bilhões neste mês, após ter atingido US$ 3,4 bilhões no anterior. Em julho do ano passado, foram US$ 2,2 bilhões, conforme os dados da Secex.

    O segmento de carnes também registra um bom desempenho nos últimos meses. As exportações de carne bovina deste mês superam as do mês passado e devem somar 110 mil toneladas de produto "in natura". As receitas deverão subir para US$ 490 milhões.

    A carne de frango, a principal nesse segmento, perdeu um pouco de força, quando se compara a média diária com a do mês anterior, mas as receitas serão maiores devido ao número de dias.

    Pelos dados atuais da Secex, as exportações de frango deverão somar 315 mil toneladas de produto "in natura", com receitas previstas de US$ 612 milhões.

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    Rentabilidade O aumento de custos na produção do milho deverá provocar uma renda menor para os produtores brasileiros na safra 2013/14, segundo avaliação da consultoria Clarivi, de Uberlândia (MG).

    Ainda no lucro Tomando como base uma produção de 160 sacas por hectare e os preços atuais em cada uma das regiões, a margem bruta seria próxima de R$ 1.000 em Maringá (PR) e em Passo Fundo (RS) e de R$ 425 em Uberlândia (MG).

    Clima A ocorrência de chuvas no Meio-Oeste dos EUA, principal região produtora de grãos do país, provocou queda de 0,6% ontem na Bolsa de Chicago. O primeiro contrato caiu para US$ 5,41.

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    Confinamento recua e EUA exportam menos neste ano

    Os norte-americanos continuam com redução de rebanho e confinamento menor de gado. Neste início de mês, o país tinha 10,4 milhões de animais confinados, o menor número desde o final de 2011.

    O número de animais colocados para engorda neste início de mês registrava quedas de 3,5% ante junho e de 3,1% sobre julho do ano passado.

    Os dados são do Usda (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) e justificam a elevação de preços das carnes e redução das exportações nos Estados Unidos.

    Na avaliação do Usda, a produção de carne bovina não terá evolução neste ano e o setor só terá reação a partir do próximo.

    As exportações deverão recuar para US$ 2,3 bilhões, 8% menos do que em 2012.

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    Preços dos metais têm alta no mercado externo

    O preço das commodities metálicas começaram a semana em alta nas Bolsas internacionais. No mercado de Nova York, a prata teve elevação de 5,4% no dia, mas acumula redução de 24,6% no ano e de 31,5% nos últimos 12 meses. O ouro também subiu, ficando 3,3% mais caro ontem.

    Vaivém das Commodities

    Por Mauro Zafalon

    Vaivém das Commodities

    Mauro Zafalon é jornalista e, em duas passagens pela Folha, soma 40 anos de jornal. Escreve sobre commodities e pecuária. Escreve de terça a sábado.

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