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    Vaivém

    Laranja e cana inibem alta da renda agrícola de SP

    10/12/2013 03h00

    As cidades paulistas que não têm citricultura e cana-de-açúcar como base principal de produção aumentaram a participação no valor da produção agrícola neste ano no Estado de São Paulo.

    O principal exemplo é Itapeva, cuja produção agropecuária do município subiu de R$ 2 bilhões, em 2012, para R$ 2,4 bilhões neste ano. A cidade, que ocupava o sétimo lugar em produção no Estado, subiu para terceiro.

    O pilar de produção da cidade é o tomate, cujas receitas somam R$ 709 milhões neste ano. O produtor da cidade foi beneficiado pela forte aceleração de preços do produto no início do ano.

    Soja e milho vêm a seguir. O valor da produção da oleaginosa foi a R$ 400 milhões em Itapeva, enquanto o do cereal esteve em R$ 336 milhões. O município é um dos poucos no Estado que não têm a cana entre os quatro principais principais produtos cultivados.

    Já Barretos, cidade que tem um valor de produção de R$ 2,85 bilhões, o maior do Estado, teve redução de 4,7% nas receitas. A principal cultura do município é a cana, que representa 74% do total, seguida de laranja para indústria (6% do total).

    Os dados são do IEA (Instituto de Economia Agrícola), que registra um valor total de produção agropecuária de R$ 57,1 bilhões neste ano, estável em relação ao de 2012. A cana-de-açúcar lidera, com R$ 26 bilhões.

    O instituto aponta que os maiores crescimentos de receitas ocorreram com hortaliças e frutas, cujo aumento percentual chegou a 267%, como foi o caso do repolho. Já o café, com queda de 33%, e a laranja para indústrias, com redução de 30%, estiveram entre os produtores que registraram as maiores quedas de receitas no ano.

    A região de França, devido ao café, teve o valor de produção reduzido para R$ 1,5 bilhão neste ano, 13% menos do que no ano passado.

    As regiões de Itapetininga, Sorocaba, Bragança Paulista e Mogi das Cruzes também tiveram bom desempenho da produção neste ano. Hortifrútis e carnes foram destaque em alguns deles.

    A carne bovina é o segundo produto de maior valor do Estado. Esse produto lidera as receitas em quatro regiões: Presidente Venceslau, Marília, Pindamonhangaba e Guaratinguetá.

    Silva Junior - 28.jul.11/Folhapress
    Sacas de café armazenadas em Franca (SP). A colheita de café arábica está rendendo menos que o esperado na região de Ribeirão
    Sacas de café armazenadas em Franca (SP). Colheita de café arábica está rendendo menos que o esperado na região de Ribeirão

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    Em alta A arroba de boi gordo subiu para R$ 113 ontem no noroeste do Estado de São Paulo. O preço atual registra alta de 0,44% em relação ao de sexta-feira e de 18% ante o de igual período do ano passado, segundo a Informa Economics FNP.

    Escalas O mercado de boi começou a semana agitado porque aumentou o número de compradores interessados em alongar a escala de abate, segundo a consultoria.

    50 anos O Museu do Café de Santos mostra, a partir de hoje, a trajetória da OIC (Organização Internacional do Café) nos últimos 50 anos. O evento ocorre em um momento em que o setor necessita de novos rumos na comercialização mundial do café verde.

    Orgânicos A Sociedade Nacional de Agricultura terá um centro de informações de produtos orgânicos (www.ciorganicos.com.br).

    Conhecimentos Os objetivos são a geração e a difusão de conhecimentos sobre a cadeia produtiva de alimentos e produtos neste setor.

    Área Sylvia Wachsner, responsável pelo centro, diz que o Brasil conta com 12 mil unidades de produção orgânica. A área certificada é de 1,5 milhão de hectares e Mato Grosso lidera, com 623 mil.

    Novos números A Bolsa de Cereais de Buenos Aires aponta área de 20,45 milhões de hectares para a soja na Argentina na safra 2013/14. No período anterior, foram utilizados 19,7 milhões, segundo a Bolsa.

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    Demanda aquecida eleva preço em São Paulo

    O preço dos ovos começa a reagir no mercado paulista. Segundo pesquisa realizada pelo Cepea, o início do mês e a preparação para as festas têm aumentado o consumo do produto na última semana, permitindo assim reações nos preços em algumas das praças pesquisadas.

    Vaivém das Commodities

    Por Mauro Zafalon

    Vaivém das Commodities

    Mauro Zafalon é jornalista e, em duas passagens pela Folha, soma 40 anos de jornal. Escreve sobre commodities e pecuária. Escreve de terça a sábado.

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