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    Vaivém

    Vendas de defensivos fecham 2013 perto de US$ 11 bilhões, novo recorde

    30/01/2014 03h00

    TATIANA FREITAS (interina)

    As vendas de defensivos agrícolas atingiram novo recorde no ano passado. Estimativas de mercado apontam para um faturamento próximo de US$ 11 bilhões para as indústrias do setor em 2013.

    Se confirmado, o resultado representará um crescimento de 13% em relação aos US$ 9,7 bilhões de 2012.

    Uma combinação de fatores explica o aumento das vendas: expansão na área de diversas culturas no país, maiores preços praticados durante o ano, a valorização do dólar e o aumento na frequência de pragas no país.

    Para combater a lagarta Helicoverpa armigera, uma praga que devastou lavouras e causou prejuízos no país, os produtores precisaram recorrer a uma gama maior de produtos e elevar o número de aplicações de inseticidas.

    A maior incidência de pragas também mudou o perfil das vendas do setor. Antes, inseticidas, fungicidas e herbicidas tinham participação semelhante no total das vendas do setor. No ano passado, os inseticidas passaram a ter mais destaque.

    Para 2014, a expectativa para as vendas de defensivos é positiva, principalmente por causa do aumento da área cultivada com soja e dos preços remuneradores ao produtor, o que incentiva o investimento no campo.

    Mas o forte crescimento de 2013 não deve se repetir. Dois fatores levam a indústria a adotar a cautela: o caos logístico e a Copa do Mundo, que neste ano pode intensificar os problemas no transporte.

    A avaliação é que o evento esportivo vai dificultar a movimentação de cargas nas rodovias e nos portos brasileiros. O excessivo número de pontos facultativos em algumas cidades-sede, devido aos jogos, também preocupa.

    *

    Queda livre O preço do feijão continua em queda no campo. Ontem, a saca de 60 quilos do carioquinha de boa qualidade era negociada a
    R$ 77, em média, no país -baixa de 8,7% no dia, segundo pesquisa da Folha.

    Em alta A produção de máquinas para a agricultura apresentou crescimento de 16% no ano passado, informou ontem a Abimaq. As exportações do *setor subiram 8,6%, segundo a entidade.

    Largada Os primeiros navios de soja começam a ser carregados em Paranaguá (PR). A primeira embarcação partiu cheia anteontem e mais duas estavam programadas para deixar o porto até o final desta semana, totalizando 187 mil toneladas.

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    Transporte na via da soja supera capacidade em 113%

    A BR-163 será duplicada e passará por melhorias após as concessões de 2013. Mas, para o transporte da atual safra, o cenário ainda é caótico.
    Estudo da Confederação Nacional da Indústria mostra que 3 dos 5 trechos mais congestionados do Centro-Oeste estão na BR-163 em Mato Grosso. O percurso mais saturado é entre Lucas do Rio Verde e Posto Gil, onde são movimentadas 83 mil toneladas ao dia, volume 113% acima de sua capacidade.

    Em 2020, o volume nesse trecho pode chegar a 480% da capacidade, diz o estudo. A projeção, porém, desconsidera as obras previstas no programa de concessões.

    Vaivém das Commodities

    Por Mauro Zafalon

    Vaivém das Commodities

    Mauro Zafalon é jornalista e, em duas passagens pela Folha, soma 40 anos de jornal. Escreve sobre commodities e pecuária. Escreve de terça a sábado.

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