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    Vaivém

    Indústria de frango aposta em países islâmicos para aumentar exportações

    DE SÃO PAULO

    18/03/2014 03h00

    TATIANA FREITAS (INTERINA)

    Os produtores brasileiros de carne de frango apostam em um nicho de mercado para aumentar as suas exportações: o de abate halal.

    O termo identifica alimentos produzidos de acordo com os preceitos do islamismo.

    Com 35 anos de experiência no abate halal, o Brasil é o maior exportador de carne de frango nesse modelo, cujas vendas costumam ter preços acima do tradicional.

    O país atende a grandes mercados, como a Arábia Saudita, e pretende aproveitar o know-how para exportar a outros países com potencial de crescimento.

    Ontem, a Ubabef (associação dos produtores e exportadores de carne de frango) anunciou a abertura do Paquistão -nação com uma população de 175 milhões de habitantes, dos quais 95% são muçulmanos.

    Com um consumo per capita baixíssimo, de 4,5 quilos por habitante ao ano, o Paquistão ainda está longe de ser um grande importador -no Brasil, por exemplo, o consumo é de 42 quilos ao ano.

    Editoria de Arte/Folhapress

    Mas os exportadores acreditam que podem desenvolve-lo. "Os paquistaneses pagam um preço muito alto pelo frango produzido localmente. Nossos produtos chegarão lá mais competitivos", diz Francisco Turra, presidente da Ubabef.

    Neste ano, a entidade pretende obter autorização para exportar a outros países com características semelhantes, como Indonésia, Mianmar e Malásia. Até o final deste mês, uma missão malasiana chega ao Brasil para avaliar 14 unidades que fazem o abate halal, como parte do processo de habilitação.

    No ano passado, as exportações de frango halal cresceram 9,5%, bem acima da média do setor (3,5%).

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    Para o futuro A abertura do Paquistão para o frango brasileiro é uma boa notícia, mas ainda não deve contribuir para as estatísticas de exportações de 2014 –que sofrem com a queda nos preços.

    Números Neste mês, a receita com os embarques de carne de frango caem 2,9%, apesar do aumento de 16,8% nos volumes, segundo dados da Secex, pela média diária.

    Recuperação Já a receita com a exportação de carne suína sobe 7% até a segunda semana de março, após a queda de 11% em fevereiro.

    Em alta A exportação de carne bovina continua forte, com alta de 7% neste mês, e dá fôlego ao preço do boi gordo, que voltou a subir ontem.

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    Biodiesel cai e evita maior alta do diesel, diz Abiove

    A ociosidade das indústrias de biodiesel e a queda do óleo de soja derrubam o valor do biocombustível.

    O óleo de soja cai 16% em 12 meses em Chicago devido à maior competição do óleo de palma como matéria-prima na produção de biodiesel.

    Editoria de Arte/Folhapress

    No mesmo período, a queda nos preços do biocombustível é de 18% no país, segundo dados da Abiove, das indústrias de óleos vegetais.

    Para a Abiove, não fossem a mistura de biodiesel no diesel e seus preços mais baixos, maior seria a alta no preço do diesel ao consumidor. O diesel mineral subiu 15% nas distribuidoras em 2013, ante queda de 26% do biodiesel.

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    Preço sobe

    Alta da carne puxa demanda por ovos

    Os preços dos ovos permanecem em alta. A diminuição na oferta e a melhora na demanda, impulsionada pelo aumento nos valores da carne bovina e de hortaliças, mantêm o preço do produto elevado. Segundo o Cepea, de 7 a 14 deste mês, o preço do tipo extra branco subiu 8,8% na Grande São Paulo.

    Vaivém das Commodities

    Por Mauro Zafalon

    Vaivém das Commodities

    Mauro Zafalon é jornalista e, em duas passagens pela Folha, soma 40 anos de jornal. Escreve sobre commodities e pecuária. Escreve de terça a sábado.

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