Os produtos básicos continuam salvando a balança comercial, mas as importações do setor também vêm crescendo, apontam os dados da Secex (Secretaria de Comércio Exterior).

Os produtos básicos, que tiveram evolução positiva nas exportações de janeiro a maio (3%), continuam sendo sustentados pela soja e pelo minério de ferro, líderes em receitas. E a oleaginosa em grãos ultrapassou a commodity mineral.

Em um período de quedas de alguns itens importantes, como o açúcar, outros passaram a sustentar as exportações. Entre eles, celulose, madeira serrada e bois vivos.

Entre as carnes, o destaque é a bovina, já que a de frango teve recuo nas receitas. As vendas externas de carne bovina conseguem elevar não só o volume exportado como também as receitas.

	Anna Carolina Negri - 18.mar.14/"Valor"/Folhapress
	Eucaliptos cultivados em Três Lagoas, Mato Grosso do Sul

O café é outro produto que começa a reagir e deverá melhorar o desempenho até o final do ano.

O aumento nos preços externos, depois da quebra de safra no Brasil para 44,6 milhões de sacas, já permitiu receitas de US$ 2,2 bilhões neste ano, 2,4% mais do que no anterior. O produto inverte a tendência de queda dos meses anteriores.

Mas, enquanto o Brasil ganha novos mercados para exportar, eleva também as compras de produtos relacionados à agricultura.

Em maio, as compras externas de alimentos, produtos agropecuários não alimentícios e matérias-primas para a agricultura somaram US$ 2,1 bilhões, 18% mais do que em igual mês de 2013.

As importações cresceram especialmente da Europa Oriental -mais 9% no ano- devido às compras de fertilizantes, aponta a Secex.

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Ponto alto O setor citrícola discute, em Cordeirópolis (SP), transferência de tecnologias e divulgação de informações. O evento, o principal do segmento no mundo, tem a coordenação do IAC (Instituto Agronômico).

Consumo A discussão abordará também queda de consumo de suco de laranja e como fazer esse produto voltar ao dia a dia dos consumidores.

Ausente da festa Os participantes estranharam, no entanto, a ausência de suco no restaurante do evento. Refrigerante, água e néctar de frutas estavam presentes.

Lacunas O mapeamento do setor de orgânicos avança, mas faltam informações. Há lacunas sobre quais os produtos e os volumes produzidos, além de números sobre exportação.

Reunião A avaliação é de Sylvia Wachsner, do Centro de Inteligência em Orgânicos da Sociedade Nacional de Agricultura. O setor se reúne desta quarta (4) até sábado (7) em São Paulo.

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Comércio internacional de algodão diminui em 2015

O comércio mundial de algodão deve recuar 8% na safra 2014/15, para 8,1 milhões de toneladas. Isso ocorre porque a China refez seus estoques e vai pisar no freio nas compras.

A importação do país somou 5,3 milhões de toneladas em 2011/12. Essa aceleração das importações chinesas não indicou alta na demanda, que caiu 7% no período.

	Fernando Donasci - 29.nov.10/Folhapress
	Colheita de algodão em Sorriso (MT); comércio será menor

Os dados são do Icac (comitê internacional do algodão), que prevê uma safra mundial de 25,2 milhões de toneladas no período 2014/15, uma queda de 2% em relação à anterior.

Já a demanda mundial sobe para 24,2 milhões de toneladas nesta safra, 3% mais. As exportações caem nos principais exportadores mundiais: Austrália, EUA e Índia.

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Carne

Preço do suíno tem nova queda em São Paulo

O valor do suíno não consegue se sustentar e volta a cair nos frigoríficos. Nesta terça (3), a arroba do animal foi negociada, na média, a R$ 63,9, com queda de 1,2% no dia e de 4,9% em 30 dias. Segundo pesquisa da Folha, a redução no preço se deve às fracas vendas nas últimas semanas.

Vaivém das Commodities

Por Mauro Zafalon

Mauro Zafalon é jornalista e, em duas passagens pela Folha, soma 40 anos de jornal. Escreve sobre commodities e pecuária. Escreve de terça a sábado.