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    Vaivém

    Exportação do agronegócio tem queda intensa

    25/11/2014 02h00

    As receitas com as exportações de produtos básicos deste mês estão com queda de 23% em relação às de igual período do ano passado.

    Essa queda se deve basicamente aos produtos do setor agropecuário e de minério de ferro. Já as exportações de petróleo se recuperam.

    Um dos principais itens da balança comercial nos últimos anos, as commodities, principalmente as agrícolas, começam a mostrar como será o cenário de 2015.

    Preços menores no mercado internacional vão determinar uma participação menos intensa desses itens no saldo da balança.

    A desaceleração da participação do agronegócio neste mês ocorre devido à queda nas receitas dos principais itens da balança comercial.

    Um deles é a soja, cujas exportações devem render apenas US$ 68 milhões no mês, tomando como base o desempenho da oleaginosa até agora na balança comercial.

    Esse resultado financeiro representa uma queda de 77% ante o de novembro de 2013.

    O milho também tem participado com boas receitas em novembro, principalmente nos dois últimos anos.

    Mas o Brasil já não consegue um mercado tão favorável para o cereal, cujas exportações vão recuar 38% em volume neste mês, em relação a igual período anterior.

    Já as receitas, devido à queda nos preços externos, terão recuo ainda maior neste mês, caindo para US$ 432 milhões, 44% menos do que em 2013.

    Outro item importante na balança comercial é o açúcar, mas que também perdeu ritmo nas exportações. A Secex (Secretaria de Comércio Exterior) aponta para uma redução de 36% no volume a ser exportado neste mês e queda de 41% nas receitas, ante igual período de 2013.

    Pelos dados da Secex, as receitas com açúcar caem para US$ 554 milhões neste mês. Já o volume recua para 1,44 milhão de toneladas.

    Café e carne suína engordam os números da balança. O Brasil eleva a participação no mercado externo de café e se aproveita da alta intensa dos preços. O país deverá terminar o mês com exportações de 2,9 milhões de sacas e receitas de US$ 566 milhões.

    Já as receitas com petróleo se recuperam e devem somar US$ 1,7 bilhão no mês, 10% mais do que em 2013. Mas as de minério de ferro recuam 50%, para US$ 1,5 bilhão.

    Editoria de Arte/Folhapress

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    Café de qualidade O Sebrae do Espírito Santo quer produzir pelo menos 500 mil sacas de café de qualidade no Estado. O objetivo é certificar 2.500 propriedades.

    Industrialização Uma parte desse café -próximo de 150 mil sacas- deverá ser industrializada no próprio Estado, fomentando a produção de cafés especiais. É um projeto para ser desenvolvido até 2018.

    Ligação Carlos Brando, especialista no setor de café, diz que "esse meio de campo entre produtor e indústria é muito importante".

    Sem tempo "Os pequenos dedicam tanto tempo nas funções diárias que não têm tempo para olhar o cenário do setor", diz ele.

    Exportações 1 A exportação nacionais de café serão de 33 milhões a 34 milhões de sacas em 2015, segundo Guilherme Braga, do Cecafé (conselho dos exportadores).

    Exportações 2 A deste ano deverá atingir o recorde de 36 milhões de sacas.

    Acordos Colômbia e Estados Unidos estão aprimorando os contratos agrícolas dentro do acordo de comércio assinado entre os dois países. O etanol entra nessa lista.

    Etanol Os EUA exportaram para a Colômbia 3,75 milhões de litros por mês de outubro do ano passado a março deste, segundo o governo norte-americano. Bem que esse mercado poderia ser abastecido pelos vizinhos, os brasileiros.

    Vaivém das Commodities

    Por Mauro Zafalon

    Vaivém das Commodities

    Mauro Zafalon é jornalista e, em duas passagens pela Folha, soma 40 anos de jornal. Escreve sobre commodities e pecuária. Escreve de terça a sábado.

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