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    Vaivém

    Carne bovina ganha espaço na UE; frango perde

    06/03/2015 02h00

    As carnes brasileiras bovina e de frango tomam sentido contrário na balança das importações da União Europeia. A suína não aparece nas estatísticas do bloco europeu.

    Apesar de o Brasil ser o principal fornecedor mundial em ambas, a concorrência tem sido mais aguerrida para a carne de frango, um produto de ciclo menor e com condições de desenvolvimento em todas as regiões.

    Já na carne bovina, cujo rebanho vem caindo em boa parte dos grandes produtores, os brasileiros têm uma boa vantagem competitiva.

    Os europeus importaram 496,6 mil toneladas de carne de frango brasileiro no ano passado, segundo dados da União Europeia. Esse volume indicou que 59,6% de toda a carne de frango comprada pelo bloco saiu do Brasil.

    É um percentual elevado, mas que já esteve bem maior: 76,3% em 2008. Naquele ano, os europeus compraram 679 mil toneladas de carne de frango do Brasil.

    Já as compras de carne bovina seguem outra direção. No ano passado, os europeus compraram 144 mil toneladas do produto brasileiro, 43,4% de toda a carne bovina que veio do exterior para o bloco dos 28 países.

    Os europeus compraram um total de 332 mil toneladas no período, e o Brasil esteve à frente de Uruguai e da Argentina, que representaram 15% e 13%, respectivamente, desse volume importado.

    Nos três casos houve recuo nas compras dos europeus em 2014, ante 2013. No caso do Brasil, a queda foi de 1%, aponta a Comissão Europeia.

    Já Austrália e Estados Unidos, que foram o quarto e o quinto maiores fornecedores de carne bovina para a União Europeia, elevaram as vendas para o bloco em 2014.

    Um dos motivos da perda de volume de carne de frango do Brasil para a Europa é o regime de cotas. A exportação fora desse volume tem tributação pesada.

    A Tailândia ganha importância no mercado europeu. As exportações do país somaram 249 mil toneladas de carne de frango no ano passado, 30% do volume importado pelo bloco. Em 2010, os tailandeses exportavam 150 mil toneladas, apenas 18% do que os europeus importavam.

    O Brasil perde espaço na Europa, mas mantém a liderança mundial nas exportações de carne de frango, atingindo 170 países.

    Editoria de Arte/Folhapress

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    Porto 1 Especializado na movimentação de produtos florestais, o Portocel teve volume histórico de 6 milhões de toneladas de celulose em 2014. Localizado em Aracruz (ES), o porto movimentou 85 milhões de toneladas de celulose nos últimos 30 anos.

    Porto 2 Uma parceria entre duas indústrias de celulose -Fibria (51%) e Cenibra (49%)-, o Portocel movimenta 70% da celulose que o Brasil exporta, mas quer uma diversificação das cargas, que vão de produtos siderúrgicos, sal e granito a contêineres.

    Logística O agronegócio é beneficiado pelo cenário cambial atual, mas os preços internacionais das commodities caem e os problemas de infraestrutura e de logística prejudicam a competitividade do setor.

    Volume Pelo menos 60 milhões de toneladas de grãos saem da região central para os portos de Santos e de Paranaguá, segundo apontam dados da ABTP (Associação Brasileira dos Terminais Portuários).

    À espera do Norte É um passeio de 2.000 quilômetros das cargas. Se a saída fosse pela região Norte, geraria economia de R$ 9 bilhões por ano. O reflexo final seria remuneração maior para o produtor e redução de US$ 50 por tonelada nos custos logísticos, segundo a ABTP.

    Gangorra O café caiu nesta quinta-feira (5) na Bolsa de Nova York. O primeiro contrato recuou para US$ 1,32 por libra-peso, menos 1,9%.

    Vaivém das Commodities

    Por Mauro Zafalon

    Vaivém das Commodities

    Mauro Zafalon é jornalista e, em duas passagens pela Folha, soma 40 anos de jornal. Escreve sobre commodities e pecuária. Escreve de terça a sábado.

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