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    Vaivém - Mauro Zafalon

    Vendas de máquinas mantêm forte recuo

    04/09/2015 02h00

    O setor agrícola continua com o pé no freio quando se trata de comprar novas máquinas. As indústrias repassaram apenas 271 unidades de colheitadeiras para as distribuidoras no mês passado, um número 39% inferior ao de igual período do ano passado.

    Com essa redução, as vendas acumuladas de janeiro a agosto ficam em 2.616 unidades, 31% menos do que as de igual período do ano passado, segundo dados provisórios do mercado.

    O produtor pisa no freio devido às incertezas com a safra 2015/16. Os preços das commodities caem e, além disso, o crédito está mais restrito neste ano e com taxas mais salgadas.

    As vendas das indústrias se limitam, em grande parte, aos produtores que estão com investimentos em andamento. Nesses casos, as compras já estavam programadas.

    Assim como as vendas de colheitadeiras, as de tratores também têm intenso recuo. No mês passado, foram comercializadas 3.625 unidades, somando 27,6 mil no ano.

    O ritmo atual das vendas fez com que as indústrias colocassem 33% menos tratores nas revendas em agosto e 27% menos no acumulado dos oito primeiros meses do ano.

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    EUA fazem estoques para segurar preço do suco

    Os estoques brasileiros de suco espalhados pelo mundo atingiram 766 mil toneladas em junho de 2013, recuaram para 534 mil no ano passado e, no final do primeiro semestre deste ano, estavam em 510 mil. No ano que vem, deverão recuar para 329 mil.

    Os estoques caem, mas a demanda também continua recuando. O consumo mundial, que era de 2,4 milhões de toneladas há dez anos, foi reduzido para 2,1 milhões de toneladas no ano passado.

    Diante dessa queda. O governo norte-americano entrou com uma política pública para enxugar parte desses estoques nos Estados Unidos e dar sustentação aos preços.

    O governo anunciou a compra de um volume de suco concentrado que corresponde a 60 milhões de litros nas gôndolas dos supermercados. É um volume pequeno em relação ao consumo anual norte-americano, que chega a 3 bilhões de litros. No Brasil, o consumo anual é de 70 milhões de litros.

    A ação visa, no entanto, equilibrar os estoques norte-americanos que, com a queda da demanda, chegou a patamares elevados. Em 8 de agosto, estavam em 152 mil toneladas, o que provocou novas quedas de preços.

    A Bolsa de futuros de Nova York, onde é negociado o suco, refletiu esse aumento de estoques, derrubando os preços.

    Uma das esperanças do setor é que a produção de 2015 será inferior à demanda, reduzindo ainda mais os estoques do produto.

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    Uma biografia não autorizada do clima

    O aquecimento global é um alarme falso. Estão querendo fazer uma demonização do CO2. Um jogo de marketing com intenções políticas e econômicas.

    Essa é a tônica do livro "CO2 aquecimento e mudanças climáticas: estão nos enganando?" do jornalista Richard Jakubaszko e dos co-autores físicos Luiz Carlos Baldicero Molion e José Carlos Parente de Oliveira.

    Polêmico, Jakubaszko diz que é cético na questão do aquecimento climático e que essa é uma mentira bem contada. Por trás dessa falácia há uma tentativa de criminalizar o produtor e o boi, segundo ele.

    O livro que, segundo o autor, é uma biografia não autorizada do clima, não foi aceito por editoras universitárias e não está à venda em livrarias. O motivo da recusa foi a falta de embasamento científico e a não "descomprovação" do que já se estabeleceu como senso comum sobre o assunto, segundo as editoras.

    O autor, que tem outras três publicações no setor agropecuário, admite que o livro não tem pretensão de ser uma obra científica, mas provocar reflexões sobre o tema.

    Editado pela DBO Editores, a publicação, com 287 páginas, poderá ser obtida pelo e-mail CO2clima@gmail.com por R$ 40.

    Vaivém das Commodities

    Por Mauro Zafalon

    Vaivém das Commodities

    Mauro Zafalon é jornalista e, em duas passagens pela Folha, soma 40 anos de jornal. Escreve sobre commodities e pecuária. Escreve de terça a sábado.

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