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    Vaivém - Mauro Zafalon

    Estados Unidos destacam avanço da carne de frango do Brasil

    26/08/2016 02h00

    Rodrigo Paiva - 11.jan.2007/Folhapress
    ORG XMIT: 194301_1.tif Frangos intermediário entre o convencional e orgânico, chamado de verde, da Korin, em Charqueada (SP). O frango da Korin não é orgânico porque o milho e o farelo de soja usados na ração não são oriundos desse modo de cultivo. Korin Agropecuária é pioneira na criação de frangos conhecidos como alternativos ou verdes sem uso de antibióticos, anticoccidianos, promotores de crescimento e quimioterápicos.(Charqueada - SP, 11.01.2007 - Rodrigo Paiva/Folhapress - Digital)
    A produção brasileira de carne de frango deverá atingir 14,1 milhões de toneladas no próximo ano

    A produção brasileira de carne de frango deverá atingir 14,1 milhões de toneladas no próximo ano, 3% mais do que em 2016.

    Já o consumo interno, devido às perspectivas de a economia melhorar em relação ao quadro atual, deverá subir para 9,7 milhões de toneladas, com alta de 2%.

    Com a produção ascendente, o país deverá ganhar mais mercado externo, colocando 4,4 milhões de toneladas de carne de frango nos 158 países que importam essa proteína do Brasil.

    Os dados são do Usda (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos), que destaca que um dos pontos positivos do produto brasileiro no mercado externo são as condições sanitárias.

    Grandes consumidores, e até produtores, como China, México e os próprios Estados Unidos, sofreram os efeitos da gripe aviária recentemente.

    A ABPA (Associação Brasileira de Proteínas Animal) concorda com esses números, mas entende que o das exportações poderá ser ainda maior.

    Francisco Turra, presidente da entidade, diz que as exportações deste ano deverão atingir os 4,5 milhões de toneladas, após números confirmados de 4,2 milhões no ano passado. Já em 2017, o país deverá atingir 5 milhões de toneladas nas exportações, acredita ele.

    Turra diz que o país fez uma diversificação muito grande nas exportações, e o produto brasileiro ganhou a preferência em várias regiões, inclusive na América Latina, que antes tinha boa parte abastecida pelos Estados Unidos.

    Na avaliação do Usda, os produtores brasileiros enfrentam o peso dos custos, principalmente do milho e do farelo de soja, e da valorização real em relação ao dólar.

    Os desafios de consumo no mercado interno ficam pela expectativa de uma recuperação da economia e da concorrência da carne bovina. Há um encurtamento da distância de preços entre as duas carnes.

    Os analistas do Usda destacam também a grande dependência das exportações brasileiras de poucos países. Pelo menos 65% das exportações brasileiras são dirigidas a apenas sete países.

    Turra afirma, no entanto, que estão crescendo os mercados com demanda pela carne brasileira acima de 300 mil toneladas por ano.

    *

    Não tão bem - Acompanhamento de safra nas próprias lavouras nos Estados Unidos por analistas do setor indicam que as estimativas do Usda (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) estão na direção certa de apontar boa produtividade. O Usda pode, no entanto, ter exagerado na dose.

    É menos - As lavouras de milho de Iowa e Illinois, dois Estados importantes na produção de milho, apontam para uma produtividade 5% inferior à prevista pelo órgão norte-americano. As avaliações continuam por outros Estados nos próximos dias. A conferir.

    De volta - Os preços das commodities agrícolas se recuperaram nesta quinta-feira (25) em Nova York. Em Chicago, no entanto, a tendência de queda, devido às previsões de safra, se manteve.

    Vaivém das Commodities

    Por Mauro Zafalon

    Vaivém das Commodities

    Mauro Zafalon é jornalista e, em duas passagens pela Folha, soma 40 anos de jornal. Escreve sobre commodities e pecuária. Escreve de terça a sábado.

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