Divulgação - 30.mar.2009/Odebrecht | ||
Máquinas agrícolas durante colheita de cana-de-açúcar em Mirante do Paranapanema (SP) |
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Sunday, 05-May-2024 23:33:07 -03Vaivém - Mauro Zafalon
Açúcar compensa soja nas exportações
02/09/2016 02h00
O sobe e desce dos preços e das quantidades exportadas de produtos agropecuários está garantindo um bom saldo para a balança comercial neste ano.
As expectativas iniciais eram de receitas menores neste ano devido à redução internacional dos preços das commodities.
Passados oito meses, a balança comercial perde receitas em alguns produtos, mas ganha força em outros.
A líder soja, apesar do recorde no volume exportado neste ano, tem empate nas receitas, em relação às do ano anterior.
Segundo a Secex, as exportações de soja em grãos renderam US$ 17,9 bilhões no ano. O volume exportado soma 48,2 milhões de toneladas, 5% mais do que em 2015.
A perda de ritmo das receitas da oleaginosa, em relação às dos anos anteriores, é compensada, em parte, pelo açúcar e pelo milho.
Com o deficit mundial da produção de açúcar, em relação à demanda, os preços ganharam força neste ano.
Com isso, as receitas com o produto renderam US$ 6,12 bilhões nos oito primeiros meses, 27% mais do que em igual período anterior.
Outro setor de destaque é o milho, cujas exportações recordes de 15,9 milhões de toneladas renderam US$ 2,65 bilhões até agosto.
O volume de exportações do cereal cresceu 141% no ano, enquanto as receitas subiram 66%, segundo a Secex.
As carnes –bovina, suína e de frango– também dão bom impulso à balança comercial. Mesmo com a queda externa de preços, as receitas somam US$ 7,7 bilhões neste ano, um valor próximo do de 2015 –US$ 7,8 bilhões.
Esses valores da Secex consideram apenas as exportações de carnes "in natura".*
Chegou perto As vendas externas de etanol renderam US$ 713 milhões de janeiro a agosto. O valor encosta nos US$ 728 milhões do suco de laranja.
Ritmo melhor Os dados são da Secex, que indica evolução de 48% nas exportações de etanol e de 17% nas de suco de laranja no período.
Ainda ruins As receitas com as exportações de minério de ferro e de petróleo, após um ano difícil em 2015, caem menos neste ano.
Os números O minério de ferro, segundo item da balança, rendeu US$ 7,76 bilhões no ano, com queda de 18%. Já o petróleo, cujas exportações somaram US$ 6 bilhões, teve queda de 30%.
A passos largos Há dez anos, as receitas com as vendas externas de soja representavam 7,6% do total das exportações brasileiras. Neste ano, estão em 19%.
Impulso no preço O clima adverso na Flórida elevou os preços do suco de laranja para os maiores patamares em quatro anos. O primeiro contrato subiu 4,83% nesta quinta-feira (1º) em Nova York, para US$ 1,91 por libra-peso.
Vaivém das Commodities
Por Mauro Zafalon
Mauro Zafalon é jornalista e, em duas passagens pela Folha, soma 40 anos de jornal. Escreve sobre commodities e pecuária. Escreve de terça a sábado.
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