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    Vaivém - Mauro Zafalon

    Supersafra de grãos afeta pouco mercado de Chicago

    14/10/2016 02h00

    O mercado de grãos esperava um efeito negativo mais dramático do que está ocorrendo na Bolsa de Chicago, após a divulgação dos números de oferta e demanda do Usda (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos).

    A estimativa de produção de soja veio em linha com a prevista pelos analistas de mercado, que era de elevação.

    Mas a soja chegou a ter ligeira recuperação nesta quinta-feira (13), com alta de 1,1% em Chicago. O contrato de novembro terminou em US$ 9,5625 por bushel.

    As estimativas deste mês do Usda indicam que a safra 2016/17 de soja deverá superar em 1,9 milhão de toneladas as estimativas feitas em setembro.

    As exportações aquecidas vão impedir, no entanto, um aumento dos estoques finais norte-americanos, previstos em 10,8 milhões de toneladas em 2016/17.

    Sem grandes alterações nos estoques finais, os preços da oleaginosa se sustentaram, apesar da safra recorde, segundo Daniele Siqueira, da AgRural.

    Os fundos de investimentos continuam apostando na soja, mesmo com a elevada produção dos EUA. O país é o único que tem a commodity para colocar no mercado internacional neste período do ano.

    A soja do Brasil e da Argentina só virá a partir do início do próximo ano.

    Os fundos estão comprados em 9 milhões de toneladas de soja, conforme dados da semana passada. Isso mostra que eles não apostam em quedas significativas de preços.

    Já no caso do milho, o cenário é inverso. Estavam vendidos em 21 milhões de toneladas na semana passada.

    O milho, cuja estimativa de safra recuou para 382,4 milhões de toneladas nos Estados Unidos, subiu para US$ 3,495 nesta quinta-feira em Chicago, 3,7% mais do que na quarta-feira.

    A demanda pelo milho é boa, e Brasil e Argentina, também exportadores, perderam força nas vendas externas do cereal neste período do ano.

    O Brasil, devido a efeitos climáticos, teve redução de produção, e as importações já chegam a 1,42 milhão de toneladas no ano, fornecidas por Paraguai e Argentina.

    Vaivém das Commodities

    Por Mauro Zafalon

    Vaivém das Commodities

    Mauro Zafalon é jornalista e, em duas passagens pela Folha, soma 40 anos de jornal. Escreve sobre commodities e pecuária. Escreve de terça a sábado.

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