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    Vaivém

    Nova estimativa indica safra de milho em 25 milhões de toneladas em MT

    06/12/2016 02h00

    Eduardo Knapp - 21.abr.11/Folhapress
    Plantação de milho em Campo Novo do Parecis (MT); clima pode afetar plantio da
    Plantação de milho em Campo Novo do Parecis (MT)

    Plantio dentro do período ideal e condições climáticas favoráveis podem garantir uma safra de milho de 25 milhões de toneladas para o Estado de Mato Grosso.

    Esses são os novos números do Imea (Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária) para a safrinha de 2017. A previsão anterior do órgão era de 23,3 milhões de toneladas.

    Os novos números da safra vêm de aumento de área e de produtividade. O Imea prevê, agora, uma área de 4,42 milhões de hectares para o cereal na safra 2016/17. Se concretizado, esse espaço crescerá 4,13% em relação ao da safra deste ano.

    O crescimento da área de milho ocorre devido às boas condições climáticas durante o plantio da soja, o que permite que o milho safrinha seja semeado dentro do período ideal. Na safra anterior, quando houve atraso no plantio da soja, pelo menos 40% das lavouras de milho foram semeadas fora do período ideal.

    Com isso, condições climáticas adversas e colheita postergada derrubaram a produção do Estado para apenas 18,9 milhões de toneladas.

    A produtividade média por hectare da nova safra está prevista em 96,7 sacas por hectare. Na anterior, devido ao clima, ficou em apenas 74,2 sacas.

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    Oferta de carne bovina deve subir em 2017

    O cenário para o preço do boi gordo será desafiador no próximo ano. A oferta volta a subir, e há riscos tanto para a demanda interna como para a externa.

    Do lado da oferta, "há indícios de que estamos na virada do ciclo pecuário", diz Guilherme Melo, analista de Agronegócios no Itaú BBA.

    Em estudo, o banco aponta que poderá haver aumento de abates de vacas, provocado pela redução das margens na cria, puxada pela queda de preço do bezerro.

    Além do aumento da oferta de vacas, também provocada pelo aumento da produtividade, ele prevê a possibilidade de uma disponibilidade maior de bois para abate.

    Condição climática melhor, o que confere maior peso aos animais, e maior número de animais em semiconfinamentos e confinamentos vão elevar a oferta de carne.

    A demanda interna deverá ser afetada pelo elevado nível de endividamento da população e pela alta taxa de desemprego.

    Do lado externo, a carne brasileira se beneficia do câmbio um pouco mais desvalorizado, da oferta limitada de alguns países produtores e de uma recuperação parcial dos preços médios do petróleo, segundo Melo.

    Mas a reabertura da China para a carne bovina dos Estados Unidos poderá ser um dos riscos para o avanço do produto nacional.

    Outro fator que merece atenção é a elevação da produção e exportação global de carne de frango. O Usda (Departamento de Agricultura dos EUA) prevê alta de 5% no comércio global.

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    Caminho inverso Se aproxima o final de ano, e as receitas com as exportações do complexo soja contrariam duas previsões.

    Menos O volume a ser exportado pelo país será menor do que o previsto, ficando em 51,7 milhões de toneladas.

    Mais Já as receitas, cujas estimativas indicavam forte queda, se recuperaram e ficarão próximas de US$ 25,1 bilhões neste ano.

    Preços As estimativas são da Abiove (Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais). O aumento de receitas, em relação às estimativas anteriores, ocorre devido a uma manutenção dos preços externos da soja.

    Demanda Com a safra mundial em patamar recorde, esperava-se uma queda nos preços. A demanda, principalmente a da China, deu sustentação às negociações.

    Vaivém das Commodities

    Por Mauro Zafalon

    Vaivém das Commodities

    Mauro Zafalon é jornalista e, em duas passagens pela Folha, soma 40 anos de jornal. Escreve sobre commodities e pecuária. Escreve de terça a sábado.

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