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    Vaivém - Mauro Zafalon

    Cana tem área maior, mas produtividade menor, aponta Conab

    21/12/2016 02h00

    Mauro Zafalon - 24.abr.13/Folhapress
    Trator faz colheita de cana-de-açúcar, em Ivinhema (MS)
    Trator faz colheita de cana-de-açúcar em Ivinhema (MS)

    A área de cana-de-açúcar cresce 5% nesta safra 2016/17, e a produção, 4%, mas a produtividade do período recua 1%.

    Esses são os números da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) para a safra atual.

    Conforme a estimativa divulgada nesta terça-feira (20), a área total de cana-de-açúcar sobe para 9,1 milhões de hectares, gerando uma produção de cana de 695 milhões de toneladas.

    Já a produtividade média do país, devido ao baixo rendimento em regiões como Nordeste e Norte, fica em 76 toneladas por hectare.

    Nos números da Conab, São Paulo lidera, com 83,9 toneladas, elevando a média da região centro-sul para 79 toneladas.

    Já o Norte e Nordeste, que têm Estados com produção de apenas 27 toneladas por hectare, como o Ceará, terá uma produtividade de apenas 52,6 toneladas por hectare.

    A Conab confirma os dados que a Unica (União da Indústria da Cana-de-Açúcar) vem divulgando: esta será uma safra açucareira.

    A produção do país será de 39,8 milhões de toneladas de açúcar, 19% mais do que em 2015/16. Já produção de etanol recua para 28 bilhões de litros, 8,5% menos do que na safra anterior.

    Enquanto o álcool do tipo anidro sobe para 11,3 bilhões, com evolução de 1,5%, o hidratado cai para 16,5 bilhões de litros, um recuo de 14%.

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    Atento ao preço Um dos bons cenários para produtor de Mato Grosso seria o dólar subir para R$ 3,85 e a soja ficar em US$ 10,4 por bushel em Chicago no período de negociação da oleaginosa no próximo ano. A saca atingiria R$ 71.

    Atento ao preço 2 Mas, se o dólar ficar em R$ 3,55 e os preços em Chicago recuar para US$ 9,55, a saca cai para R$ 57, segundo o Imea (Instituto Mato-Grossense de Economia Aplicada).

    Direção oposta Com tantos problemas políticos que o país vai viver no início do próximo ano, o real poderá desvalorizar ainda mais. Quanto ao volume de soja a ser produzido, ainda há algumas dúvidas.

    Confirmada A safra recorde dos Estados Unidos já está confirmada e foi para os armazéns. Na América do Sul, no entanto, ainda é promessa que, se concretizada, influenciará os preços na Bolsa de Chicago.

    Tempo certo O produtor terá de ficar de olhos abertos para aproveitar os melhores momentos de venda e não perder o tempo certo das negociações, adverte o Imea.

    Vaivém das Commodities

    Por Mauro Zafalon

    Vaivém das Commodities

    Mauro Zafalon é jornalista e, em duas passagens pela Folha, soma 40 anos de jornal. Escreve sobre commodities e pecuária. Escreve de terça a sábado.

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