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    Vaivém das Commodities - Mauro Zafalon

    Safra brasileira de café recua, e a da Colômbia aumenta

    18/01/2017 02h00

    Paulo Whitaker - 6.fev.14/Reuters
    Um trator molha plantação de café em uma fazenda de café em Santo Antônio do Jardim (SP), no cinturão do café do Brasil. *** A tractor waters young coffee plants on a coffee plantation in Santo Antonio do Jardim February 6, 2014. In Brazil's coffee belt, frost has long been the biggest risk for farmers and commodities traders alike. But after years of migration to warmer confines, farmers here now find themselves scrambling to overcome a unusual threat: blistering heat. January was the hottest and driest month on record in much of southeastern Brazil, punishing crops in the country's agricultural heartland and sending commodities prices sharply higher in global markets. As signs emerged that the world's largest coffee crop was withering, futures prices shot up 26 percent over a seven-day stretch to a nine-month high. Picture taken February 6, 2014. REUTERS/Paulo Whitaker (BRAZIL - Tags: AGRICULTURE ENVIRONMENT BUSINESS COMMODITIES) ORG XMIT: PW07
    Plantação de café em Santo Antônio do Jardim (SP)

    Nos últimos anos, o Brasil dominou o mercado mundial de café, elevando o volume exportado e a participação mundial.

    Neste ano, o país terá volume menor a ser produzido, e a concorrência mais forte da Colômbia. Os produtores do país vizinho, após um período de renovação dos cafezais e consequente perda de produção, retomam um patamar elevado de produção.

    Os dados desta terça-feira (17) da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) indicam que a produção brasileira deverá recuar para 45,6 milhões de sacas, ante o recorde de 51,4 milhões de sacas na safra anterior.

    Já a Colômbia, com o cafezal renovado, elevou a produção de 2016 para 14,2 milhões de sacas de café. A produção do país tinha caído para 8 milhões de sacas há cinco anos.

    O volume produzido nos três primeiros meses do ano-safra (outubro a dezembro) mostra que a nova safra dos colombianos deve crescer.

    Foram produzidos 4,4 milhões de sacas nesse período de 2016, ante 4,1 milhões em igual período de 2015.

    Os colombianos também retomaram parte do mercado externo que tinham perdido. As exportações de 2016 atingiram 13 milhões de sacas, acima dos 12,7 milhões de 2015.

    EM BAIXA

    A produção total de café do Brasil ficará entre 43,7 milhões e 47,5 milhões de sacas. A safra do café tipo arábica recua para um volume entre 35 milhões a 37,9 milhões de sacas.
    Essa queda se deve à chamada bienalidade negativa. Em um ano, a produção é boa. No seguinte, cai.

    A produção de café conilon, após registrar a menor safra desde 2004, fica entre 8,6 milhões a 9,6 milhões de sacas. Mesmo assim, bem abaixo do recorde de 13 milhões em 2014.

    Minas Gerais, líder na produção de café arábica, produzirá de 25,4 milhões a 26,8 milhões de sacas.

    Já o Espírito Santo, líder na produção de conilon, produzirá de 7,3 milhões a 8,4 milhões de sacas.

    *

    Pressão menor - Os preços agropecuários caíram 1,5% pelo segundo mês consecutivo no atacado. Com isso, a inflação acumulada em 12 meses veio para 9,3%, segundo o IGP-10, da FGV.

    Cavalos - O Brasil tinha 481 mil cavalos crioulos no ano passado, 4% mais do que em 2015, segundo levantamento da Associação Brasileira de Criadores de Cavalos Crioulos.

    Lazer e trabalho - Eduardo Suñe, presidente da associação, diz que dois fatores motivaram a expansão. Primeiro, o maior número de usuários da raça crioula, principalmente para lazer e práticas esportivas. Além disso, a utilização do cavalo para trabalho em locais de pecuária extensiva.

    Vaivém das Commodities

    Por Mauro Zafalon

    Vaivém das Commodities

    Mauro Zafalon é jornalista e, em duas passagens pela Folha, soma 40 anos de jornal. Escreve sobre commodities e pecuária. Escreve de terça a sábado.

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