• Colunistas

    Friday, 17-May-2024 02:19:54 -03
    Vaivém das Commodities - Mauro Zafalon

    De líder, Venezuela despenca na importação de gado vivo do Brasil

    21/01/2017 02h00

    Pierre Duarte - 6.jan.16/Folhapress
    Colina, SP. 06/01/2016 - Boi 777. Nova forma de criação de gado permite engorda mais rápida. Gado da raça nelore criado no Polo de Pesquisa Alta Mogiana, em Colina, SP, onde a nova técnica esta sendo desenvolvida. Estudo desenvolvido no interior de São Paulo acelera o abate de bois em até um ano. O chamado boi 777 é resultado de um conjunto de medidas tomadas no pasto para deixar o gado pronto para ser abatido em até dois anos, um ano antes do método tradicional. Foto: Pierre Duarte/Folhapress **EXCLUSIVO/FSP**ESPECIAL**
    Gado em Colina (SP)

    As exportações de gado em pé tiveram uma boa recuperação no ano passado, somando 282 mil cabeças. Essas vendas superam em 36% as de 2015.

    Esses números estão bem distantes, no entanto, da média anual de 642 mil cabeças exportadas nos anos de 2013 e de 2014.

    Um dos principais motivos dessa desaceleração nas vendas de gado vivo nos dois últimos anos foi a Venezuela. De líder, o país caiu para a sexta posição.

    A valorização do real também pesou na decisão dos importadores, que compraram menos animais do Brasil. Europa e Austrália são mercados concorrentes.

    A crise econômica interna e a perda de crédito nas negociações internacionais fizeram a Venezuela importar apenas 8.000 bois vivos no ano passado.

    Esse número está bem distante dos 117 mil de 2015 e ainda mais distante dos 496 mil de 2014.

    A retração das compras venezuelanas fez o exportador brasileiro buscar novos mercados. A liderança, em 2016, ficou com a Turquia, que comprou 159 mil bovinos vivos do Brasil.

    Líbano e Iraque vieram a seguir, com importações de 53,2 mil e 19,6 mil animais vivos.

    Egito e Jordânia ficaram em quarta e quinta posições, segundo dados da Cacex (Câmara de Comércio.Exterior).
     

    *

     
     
    Dos tempos da enxada à era digital na agricultura
     
    Há 120 anos, o país discutia o quanto a chegada do arado nas atividade agrícolas iria afetar a mão de obra no campo.

    A agricultura tinha uma concentração no café e na cana-de-açúcar, mas já se buscava a "modernidade".

    Nesse cenário de uma agricultura bastante rudimentar, e necessitando de conhecimentos, surgia a SNA (Sociedade Nacional de Agricultura).

    Nesta semana, a entidade, que se dedica à área de ensino e de divulgação do conhecimento na agricultura, completou 120 anos. É a mais antiga entidade do setor.

    "A nossa missão é levar o conhecimento para o setor do agronegócio", diz Antonio Alvarenga, presidente da entidade.

    Além de revistas, como "A Lavoura", que mantém desde a fundação, a SNA administra a Fagram (Faculdade de Ciências Agro-Ambientais), com cursos voltados para gestão em agronegócio, comércio exterior e zootecnia.

    Alvarenga diz que a entidade não tem recursos públicos. Eles são próprios e vêm de prestações de serviços e de locações patrimoniais.

    O único recurso que não é da própria entidade é a parcela que vem do Sebrae, que tem parceira no Centro de Inteligência em Orgânicos da SNA.

    Alvarenga destaca a importância dos orgânicos "um mercado que cresce muito no mundo inteiro".
     

    *

     
    Café quente - As empresas de café que compõem o projeto da BSCA (Associação Brasileira de Cafés Especiais), em parceria com a Apex-Brasil (Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos), obtiveram receitas de US$ 1,57 bilhão no ano passado, 152% mais do que em 2015.

     
    Safrinha - O plantio da segunda safra de milho chegou a 3% no centro-sul. Mato Grosso lidera, com 6,4%, mas deve perder ritmo caso as chuvas continuem e atrasem a colheita de soja.

    Colheita - Os dados são da AgRural, de Curitiba. A consultoria aponta que a colheita de milho verão atingiu 0,5% na região centro-sul. Já a produção do país será de 88,6 milhões de toneladas, na soma das duas safras, aponta a consultoria.

     
    Soja - As chuvas ininterruptas em lavouras de soja em Mato Grosso já retardam os trabalhos de colheita. O problema é que muitas lavouras estão maduras e prontas para a colheita, segundo informações da Reuters.

    Quanto colheu - Principal produtor nacional de soja, Mato Grosso vinha conseguindo um ritmo acelerado na colheita. As máquinas avançaram sobre 12% da área total plantada, informa o Imea (Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária).

    Vaivém das Commodities

    Por Mauro Zafalon

    Vaivém das Commodities

    Mauro Zafalon é jornalista e, em duas passagens pela Folha, soma 40 anos de jornal. Escreve sobre commodities e pecuária. Escreve de terça a sábado.

    Fale com a Redação - leitor@grupofolha.com.br

    Problemas no aplicativo? - novasplataformas@grupofolha.com.br

    Publicidade

    Folha de S.Paulo 2024