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    Vaivém das Commodities - Mauro Zafalon

    Estoques mundiais de algodão são os menores em cinco anos

    14/04/2017 02h00

    Sam Panthaky - 16.dez.11/AFP
    Trabalhador manuseia algodão na Índia. *** An Indian worker sorts cotton at Patel Cotton Industries, Ginners and Exporters, in Dhrangadhra around 110 km from Ahmedabad on December 16, 2011. The latest U.S. Department of Agriculture (USDA) cotton projections for 2011/12 indicate that world cotton consumption is now expected to decrease 2.5 percent from last season as the global economy remains sluggish. This season?s expected decline follows a 4-percent reduction last season as cotton prices reached unprecedented levels and has forced fiber substitution at some mills. AFP PHOTO / Sam PANTHAKY
    Trabalhador manuseia algodão na Índia

    Os estoques mundiais de algodão vão terminar a safra 2016/17 no menor patamar dos últimos cinco anos.

    A estimativa do Usda (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) é de um volume de 19,8 milhões de toneladas.

    Se confirmado, será o primeiro volume inferior a 20 milhões de toneladas desde a safra 2011/12.

    Assim como a China fez os estoques mundiais subirem fortemente nos últimos anos –para até 24,3 milhões de toneladas em 2014/15–, também faz agora o volume recuar rapidamente.

    Os chineses fizeram uma política errada de ampliação dos estoques e acabaram forçando uma alta nos preços do algodão, que atingiu US$ 2,27 por libra-peso em julho de 2011, segundo Daniele Siqueira, analista da AgRural.

    Para reduzir seus estoques, que estavam elevados e perdendo qualidade, o governo chinês diminuiu os subsídios aos produtores, desincentivou o plantio e cortou importações.

    O resultado foi que os estoques chineses caíram de 14,6 milhões de toneladas na safra 2014/15 para 10,7 milhões na atual, segundo o Usda.

    A atitude dos chineses refletiu nos preços do mercado internacional. Um ano após ter atingido a máxima de US$ 2,27, o primeiro contrato de algodão já recuava para US$ 0,66 em Nova York.

    Ensaiou uma alta no ano passado, atingindo até US$ 0,78. Isso porque outros países da Ásia, entre eles o Vietnã, também estão desenvolvendo indústrias têxteis e aumentando as importações.

    Siqueira acredita que a recuperação deverá ser lenta, apesar de a própria China voltar ao mercado de importações.

    Os Estados Unidos elevaram em 44% as vendas externas nesta safra, mas os produtores americanos prometem elevar em 21% a área plantada em 2017/18.

    Ou seja, se tudo der certo com a produção e oferta de produto for maior, os preços vão se manter próximos aos patamares atuais.

    Vaivém das Commodities

    Por Mauro Zafalon

    Vaivém das Commodities

    Mauro Zafalon é jornalista e, em duas passagens pela Folha, soma 40 anos de jornal. Escreve sobre commodities e pecuária. Escreve de terça a sábado.

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