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    Vaivém das Commodities - Mauro Zafalon

    Câmbio segura preços da soja e reduz comercialização

    20/07/2017 02h00

    Paulo Muzzolon/Folhapress
    Colheita de soja em fazenda a cerca de 215 km do município de Paranatinga (MT)
    Colheita de soja em fazenda a cerca de 215 km do município de Paranatinga (MT)

    A comercialização de soja voltou a perder ritmo no Brasil. Apesar de o preço de negociação na Bolsa de Chicago estar em US$ 10 por bushel (27,2 quilos), a valorização do real fez o valor da saca recuar no país.

    Há um mês, quando o contrato de novembro de Chicago registrou o menor preço do ano, a saca de soja era negociada a R$ 62,50 em Cascavel, no oeste do Paraná.

    Na primeira quinzena deste mês, quando a oleaginosa atingiu o maior valor do ano, a saca subiu para R$ 67 na mesma região.

    Nesta quarta-feira (19), o primeiro contrato esteve em US$ 10 na Bolsa de Chicago, mas o recuo do dólar para R$ 3,15, fez a saca da soja cair para R$ 65 em Cascavel.

    Os preços atuais da Bolsa de Chicago não estão ruins, mas o câmbio não favorece a comercialização brasileira.
    Para Daniele Siqueira, analista da AgRural, os produtores têm de ficar atentos à volatilidade dos preços neste período, provocada tanto por Chicago como pelo câmbio, e aproveitar para fazer negócios.

    O mercado de soja vive por conta do clima nos Estados Unidos. Assim como a chuva prejudicava as lavouras há duas semanas, nesta é o calor intenso em alguns Estados que coloca o mercado em alerta.

    Siqueira diz, no entanto, "que nada está definido na safra americana de soja". Só uma mudança muito intensa do clima para afetar a produtividade e interferir de forma mais acentuada nos preços.

    Os fundos de investimentos, aproveitando o cenário atual de indefinição do clima, voltaram às compras. Eles aumentaram a quantidade de soja em suas carteiras de investimentos, apostando em novas altas do produto.
     

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    Milho - A Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) vai deslocar 13 mil toneladas de milho de Mato Grosso para Estados do Norte, Nordeste e Distrito Federal. O objetivo é atender produtores de menor porte que atuam na criação de aves, suínos, bovinos e caprinos.

    Abscesso e vaca louca - Os Estados Unidos, que há poucas semanas suspenderam a importação de carne fresca brasileira por inconformidades no processo de produção, acabam de anunciar a ocorrência de um caso atípico de vaca louca.

    O quinto - A ocorrência foi no Estado de Alabama, segundo informações do Usda (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos), e é o quinto caso de vaca louca nos EUA, segundo o órgão. Quatro deles foram classificados como atípicos.

    Aberto - O mercado brasileiro está aberto à importação de carne fresca dos Estados Unidos.
     
    Café solúvel - As exportações de café solúvel recuaram 12,4% no primeiro semestre deste ano, em relação a igual período do ano passado
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    Intensa perda - Se for mantido esse percentual de queda no segundo semestre, o setor deverá exportar 500 mil sacas a menos de café que seriam utilizadas na produção do solúvel.

    Líderes - As informações são da Abics (Associação Brasileira da Indústria de Café Solúvel). De janeiro a junho, os Estados Unidos lideraram as compras de café solúvel do Brasil, mas com queda de 8% em relação a igual período de 2016. A Rússia veio a seguir, mas com alta de 21% nas importações.

    Vaivém das Commodities

    Por Mauro Zafalon

    Vaivém das Commodities

    Mauro Zafalon é jornalista e, em duas passagens pela Folha, soma 40 anos de jornal. Escreve sobre commodities e pecuária. Escreve de terça a sábado.

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