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    Vaivém das Commodities - Mauro Zafalon

    Ano que vem será desafiador, afirma gigante das sementes

    07/12/2017 02h00

    Mauro Zafalon - 10.jul.15/Folhapress
    BRASNORTE, MT, 10.07.2015: AGRICULTURA-MT - Colheita de milho na fazenda Rio do Sangue, em Brasnorte (MT). (Foto: Mauro Zafalon/Folhapress)
    Colheita de milho na fazenda Rio do Sangue, em Brasnorte

     
    A safra 2017/18 será um período desafiador para a agricultura, tanto para produtores como para os segmentos fornecedores de insumos para o setor.

    A avaliação é de Rodrigo Santos, presidente da Monsanto. O milho é um dos produtos que trazem uma dose maior de incertezas.

    Levantamento da empresa estima uma queda de 20% a 30% na área a ser semeada com o cereal na safra de verão.

    A previsível queda de produção neste período de verão e o comportamento do mercado e dos preços nos primeiros meses de 2018 vão determinar também o cenário para a safrinha.

    Colheita de soja, data de plantio e preço das commodities serão importantes para as expectativas da safrinha, segundo ele.

    Uma das aposta do presidente da Monsanto é que será uma safra com investimentos menores por parte dos produtores. Abaixo alguns dos temas avaliados pelo presidente da multinacional:
     
    Biotecnologia - Cada vez mais vai fazer parte da agricultura e continuará crescendo no Brasil e no mundo. A evolução será com tecnologias combinadas, inclusive a edição de genes.

    Edição de genes - É uma tecnologia muito pesquisada nos Estados Unidos e na Europa, tanto por empresas como por universidades. A Embrapa é uma das empresas voltadas para essa tecnologia no Brasil.

    Ferramentas - A edição gênica [Crispr] permite aos cientistas mudar os genes presentes na planta. Ela não elimina a biotecnologia. São duas ferramentas que estarão disponíveis para o agricultor, afirma Santos.

    Área - Pelo menos 170 mil produtores vão utilizar a soja Intacta da Monsanto nesta safra 2017/18. A área plantada deverá chegar a 22 milhões de hectares na América do Sul, segundo o presidente da Monsanto.

    Patente - A multinacional confia no setor jurídico brasileiro para a avaliação da patente da soja Intacta, contestada pela Aprosoja (associação dos produtores de soja).

    Diálogo - A empresa diz estar aberta ao diálogo nas discussões sobre essa tecnologia, mas afirma que tem muita convicção na propriedade intelectual.

    Parcerias - A Monsanto fez os primeiros acordos de parceria com start-ups no Brasil. Com isso, a empresa espera aumentar a atuação da Climate Corporation na agricultura digital.
     
     
     

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    Exportações de máquinas agrícolas sobem 49% no ano
     
     
    A venda de máquinas agrícolas desacelerou 21% no mês passado em relação a outubro. As indústrias colocaram apenas 3.065 unidades nos revendedores.

    O acumulado do ano, porém, é de 40,5 mil unidades, 2,6% mais do que de janeiro a novembro de 2016.

    O mercado externo tem dado ritmo para o setor. As vendas externas de tratores de roda subiram 41% neste ano, em relação ao anterior, enquanto as exportações de colheitadeiras foram 127% maiores.

    O setor continua com um saldo bastante positivo no setor de mão de obra. Em novembro, empregava 18,6 mil trabalhadores, 2% inferior ao patamar de outubro, mas 9% superior ao de novembro de 2016.

    Vaivém das Commodities

    Por Mauro Zafalon

    Vaivém das Commodities

    Mauro Zafalon é jornalista e, em duas passagens pela Folha, soma 40 anos de jornal. Escreve sobre commodities e pecuária. Escreve de terça a sábado.

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