A Embaixada da Espanha em Brasília (DF) afirmou nesta sexta-feira que dois brasileiros foram presos pela polícia espanhola por suspeita de envolvimento em uma rede de prostituição que usava redes sociais de internet --como Facebook e Twitter-- para atrair brasileiros. Um dos presos seria o líder do grupo, ao lado de um dominicano que também foi detido.
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Informações preliminares divulgadas nesta quinta (30) indicavam a prisão de apenas um brasileiro. Segundo a Embaixada, os dois presos são suspeitos de tráfico de pessoas, favorecimento de imigração ilegal, crimes contra os direitos trabalhistas --relativos a prostituição-- e associação ilícita.
Além disso, a Embaixada divulgou também que, de outras 18 pessoas detidas por estarem ilegalmente na Espanha, 14 são brasileiros. As prisões ocorreram nas cidades de Fontcoberta, Mont-Ras, Medinyà e Girona, todas próximas a Barcelona, onde funcionavam os prostíbulos da organização.
Segundo investigação da polícia espanhola, após chegarem na Espanha, os brasileiros atraídos para o esquema eram obrigados a se prostituírem. Ainda segundo a polícia, mais de cem brasileiros (entre mulheres e homens-- alguns deles transexuais) entraram no país para serem explorados sexualmente.
A operação, que teve a colaboração de autoridades brasileiras, deteve outras 20 pessoas envolvidas no esquema, suspeitas dos mesmos crimes que os dois brasileiros presos.
Os criminosos emprestavam de R$ 6.000 a R$ 21.000 para os brasileiros que deveriam ser pagos com serviços sexuais. A dívida aumentava com o pagamento da moradia e do local onde se prostituíam (70 euros a diária), além de multas por mau comportamento, conta de luz, telefone e televisão. A dívida crescente, disse a polícia, 'escravizava' as vítimas.
O governo brasileiro foi informado sobre a operação, mas ainda não se manifestou sobre o assunto.
Em setembro, outra rede de prostituição foi desarticulada pela polícia espanhola, dos 19 detidos, 9 eram brasileiros.