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    Rio de Janeiro

    Beira-Mar diz em júri que tinha celulares à disposição em Bangu 1

    MARCO ANTONIO MARTINS
    DO RIO

    12/03/2013 16h42

    O traficante Luiz Fernando da Costa, o Fernandinho Beira-Mar, abriu mão do direito de permanecer calado e por mais de uma hora respondeu a perguntas feitas pelo juiz Murilo Kieling, no Tribunal de Justiça do Rio. Ele é julgado por ter planejado e mandado matar dois homens.

    Beira-mar nega ter ordenado matar dois homens em favela no Rio

    O crime aconteceu em 2002, na favela Beira-Mar, Duque de Caxias, Baixada Fluminense. A ordem para que os dois homens fossem mortos teria sido dada de dentro do presídio de segurança máxima de Bangu 1, no Rio.

    O traficante contou em seu depoimento nessa terça-feira que quando esteve em Bangu 1 tinha à disposição telefones celulares. Os aparelhos eram disponibilizados de acordo com a equipe de agentes de plantão, segundo ele.

    Fabio Teixeira/Folhapress
    Fernandinho Beira-Mar é julgamento no Rio de Janeiro; ele é acusado de mandar matar dois homens em 2002
    Fernandinho Beira-Mar é julgamento no Rio de Janeiro; ele é acusado de mandar matar dois homens em 2002

    O réu negou que os aparelhos fossem pagos. "Todos (os presos) podiam usar dependendo do plantão", afirmou Beira-Mar, que disse não saber como os telefones chegavam aos presos. "Não sei como chegavam. Sei que estavam lá", disse.

    Sobre as mortes de Antonio Vieira Nunes e Ednei Thomas Santos, ele negou o crime. "Nunca fui santo. Já fiz algumas coisas mas não mandei matar ninguém", defende-se.

    Após o depoimento de Beira-Mar, o juiz Murilo Kieling interrompeu a sessão. Quando a sessão retornar, iniciará a fase de debates entre a defesa e a acusação.

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