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    Rio de Janeiro

    Defesa diz durante júri que prova contra Beira-Mar é ilícita

    MARCO ANTÔNIO MARTINS
    DO RIO

    12/03/2013 19h20

    O advogado Wellington Junior, que defende o traficante Luiz Fernando da Costa, 46, o Fernandinho Beira-Mar, disse no início da noite desta terça-feira que as interceptações telefônicas anexadas ao processo contra seu cliente foram obtidas de forma ilegal.

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    "A Constituição diz que são inadmissíveis as provas obtidas por meio ilícito. Então, não podemos considerar essas interceptações porque ninguém mostrou até agora qual juiz autorizou essas escutas. Em 11 anos não deu tempo para a Promotoria trazer essas escutas ao processo judicial?", disse.

    As gravações foram apresentadas pelo promotor Marcelo Neves na primeira parte dos debates entre acusação e defesa. Elas foram feitas quando o traficante estava preso em Bangu 1 e organizava uma conferência com criminosos de sua quadrilha e de um grupo rival na favela Beira-Mar.

    Durante a contestação da defesa sobre as interceptações telefônicas, o promotor Marcelo Neves intercedeu contrário a interpretação dos advogados de Beira-Mar. "Isso é uma questão de Direito. O júri não analisa essa questão", afirmou o promotor.

    Fabio Teixeira/Folhapress
    Fernandinho Beira-Mar é julgamento no Rio de Janeiro; ele é acusado de mandar matar dois homens em 2002
    Fernandinho Beira-Mar é julgamento no Rio de Janeiro; ele é acusado de mandar matar dois homens em 2002

    Beira-Mar é julgado pelo homicídio de Antônio Vieira Nunes e Ednei Thomas Santos, ele nega o crime. Após essa primeira fase de debates, acusação e defesa terão ainda a réplica e tréplica. Depois disso, os jurados deverão decidir se o traficante é culpado do crime.

    Beira-Mar já tem 69,5 anos de condenações por tráfico de drogas e homicídio no Rio de Janeiro. Considerando as condenações em outros Estados, a pena a que ele foi condenado chega a 120 anos.

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