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    Sem 'beijaço', Réveillon de Copacabana tem filas e cercadinho vip

    BERNARDO MELLO FRANCO
    MARIANA SALLOWICZ
    DO RIO

    01/01/2014 14h52

    Sem o "beijaço" prometido pelo prefeito Eduardo Paes (PMDB), cerca de 2 milhões de pessoas comemoraram a chegada de 2014 na praia de Copacabana, no Rio.

    A um quarteirão da festa, um tiroteio entre a PM e um homem que brigava com a mulher deixou 12 baleados na avenida Nossa Senhora de Copacabana.

    Quem foi à praia enfrentou longas filas para usar os banheiros e na volta para casa. Nas três estações do metrô no bairro, as filas para o embarque ainda dobravam o quarteirão por volta das 2h30.

    A chuva deu trégua e permitiu a visão da queima de fogos, que durou 16 minutos. Apesar dos apelos do apresentador Otaviano Costa ("Beija, gente!"), o prometido beijaço não aconteceu.

    Turistas tiveram dificuldade para ver os fogos em formato de coração. "A festa foi linda, mas eu não vi beijaço nenhum", comentou a paulista Vivian Bucco, 33.

    Antes da virada, os telões da praia exibiram comercial de uma telefônica e a mensagem de fim de ano da TV Globo, com artistas e apresentadores da emissora.

    A Secretaria de Ordem Pública informou ter apreendido quase 11 mil itens não autorizados, incluindo 16 churrasqueiras e 54 botijões de gás.

    Os convidados da prefeitura e de cinco patrocinadores tiveram mais sorte. Ficaram numa grande área vip montada na areia, com capacidade para cerca de 2.000 pessoas.

    Ali foram servidos jantar (massa com camarão e risoto de gorgonzola com nozes), champanhe e outras bebidas. O prefeito ficou com a família e amigos em um espaço reservado.

    Após a virada, duas bombas foram atiradas da areia para a área vip. Caíram perto de um dos balcões de bebidas, mas ninguém se feriu.

    Procurada, a assessoria da prefeitura não quis informar por que a área foi fechada ao público, já que os "cercadinhos" estavam proibidos na orla, nem quantos "vips" foram convidados.

    "O local em questão trata-se da área de convivência dos patrocinadores, não tendo, por isso, nenhum gasto por conta da prefeitura", afirmou, em nota.

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