Apesar do avanço representado pela nova lei seca, maior responsável pela queda nas mortes no trânsito, o Observatório Nacional de Segurança Viária alerta que o número de acidentes ainda é muito alto.
"Não adianta comemorar, a situação ainda é gravíssima. Se por um lado as mortes estão caindo, por outro percebemos um aumento da gravidade das lesões e do número de feridos que ficam com sequelas permanentes", afirma José Aurélio Ramalho, presidente da entidade.
Ele diz que o aumento é verificado pelas indenizações do Dpvat (seguro obrigatório) em todo o país. Até setembro, houve aumento de 36% nos pagamentos por invalidez permanente em relação ao ano anterior.
"Isso gera um custo social enorme, afeta a previdência, a força de trabalho. A maioria das vítimas tem de 25 a 34 anos", afirma.
Para Ramalho, para reduzir a violência no trânsito é necessário ir além da lei seca. Ele cita a melhoria do curso de formação dos condutores e a fiscalização do uso do celular. "Dirigir teclando no smartphone é tão perigoso quanto dirigir embriagado", diz.