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    Rio de Janeiro

    Argentino diz que vão irregular causou queda da filha no Galeão

    DIANA BRITO
    DO RIO

    06/01/2014 16h35

    O argentino Marcelo Alejandro Palacios, 40, disse na tarde desta segunda-feira que um vão irregular ao lado da escada rolante provocou a queda de sua filha de 3 anos do mezanino no aeroporto internacional Tom Jobim (Galeão), na Ilha do Governador, zona norte do Rio.

    No início da noite de sábado (4), Camila Palacios despencou de uma altura de cerca de sete metros ao passar pelo espaço sem proteção enquanto brincava com os irmãos.

    A criança sofreu traumatismo craniano e um corte na face. Foi levada para o Hospital Municipal Souza Aguiar, no centro da cidade. Segundo médicos, ela passa bem, respira sem auxílio de aparelhos, mas ainda inspira cuidados no CTI (Centro de Tratamento Intensivo) pediátrico.

    "Foi um milagre. Achei que ela estava morta porque tinha muito sangue no chão. É incrível que em nenhum momento ela perdeu a consciência. Ela fala normalmente e até caminha", disse o pai da criança, feliz após saber dos médicos que a filha não terá sequelas do acidente.

    O pai conta que Camila passou por exames neurológicos que não apresentaram problemas. "Na hora achei que fosse uma explosão ou um disparo de arma de fogo. Foi um barulho muito forte", lembrou.

    Palacios voltava de uma lanchonete no momento do acidente. A mulher dele estava próxima das crianças, mas ajeitava a bagagem para embarcar de volta à Argentina. A família havia passado o Réveillon em Angra dos Reis (RJ).

    As circunstâncias da queda são investigadas pela delegacia da Polícia Civil do aeroporto. O pai da menina, no entanto, alega que um perito confirmou à polícia que o vão estava irregular com 20 centímetros de largura -nove centímetros a mais do previsto em lei.

    A Folha tentou contato com a Sociedade de Engenharia de Segurança do Estado do Rio para saber se o espaço estava dentro dos padrões, mas ainda não obteve retorno. Procurada pela reportagem, a Infraero garantiu que todos seus aeroportos seguem as regras da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas) e afirmou que o vão de onde a menina caiu não apresentava qualquer irregularidade.

    O pai da criança disse também que horas após o acidente, funcionários da Infraero tamparam o vão com uma lixeira na tentativa de esconder a abertura.

    Palacios e a mulher se revezam desde sábado entre o hospital e o hotel do Galeão, onde estão hospedados com os outros dois filhos de 7 e 9 anos. As despesas estão sendo pagas pela Infraero.

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