Alunos da Universidade Gama Filho cobraram nesta terça-feira (7) uma intervenção do Ministério da Educação junto à instituição, que enfrenta problemas na gestão administrativa e acadêmica. Cerca de 60 estudantes ocuparam o auditório do prédio, em Brasília, onde foram recebidos pelo secretário-executivo do MEC, José Henrique Paim.

A Galileo Administração de Recursos Educacionais, mantenedora da universidade, não cumpriu medidas acordadas com o ministério, como o pagamento de salários atrasados de professores e funcionários.

Em dezembro, o MEC chegou a suspender o ingresso de novos alunos na graduação e pós-graduação da universidade e do Centro Universitário da Cidade (UniverCidade), ambas mantidas pela Galileo. Na semana passada, a mantenedora apresentou sua defesa à pasta.

	Flávia Foreque/Folhapress
	Estudantes da universidade Gama Filho ocupam prédio do MEC, em Brasília

Agora, os estudantes temem o descredenciamento da universidade - e, consequentemente, a transferência dos matriculados para outra instituição.

"Fechar a universidade é muito ruim para o ensino superior. É tratar a educação como uma mercadoria, e a gente tem um vínculo com a instituição: ver isso tudo se acabar é muito triste", disse Nathália Cardoso, 22 anos, aluna do 3º ano de medicina da universidade e integrante do Diretório Central dos Estudantes.

Segundo ela, devido às sucessivas greves de professores e funcionários no ano passado, os alunos tiveram apenas cerca de seis meses de aula.

"Vamos ficar aqui o tempo que for necessário. Não temos previsão de voltar [para o Rio de Janeiro]", disse a estudante.

De acordo com o MEC, a pasta já adotou todas as medidas possíveis permitidas pela atual legislação, que não prevê qualquer tipo de intervenção na mantenedora.