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    Após onda de ataques, venda de combustíveis em vasilhame é proibida no MA

    DE SÃO PAULO

    08/01/2014 02h12

    A venda de combustíveis em qualquer tipo de vasilhame está proibida por tempo indeterminado em todo Estado do Maranhão. A determinação foi anunciada na terça-feira (7) pelo Comando da Polícia Militar.

    Com a determinação, a venda de combustível está restrita para quem for abastecer os veículos diretamente nos postos. Quem vender combustível em vasilhame pode ser preso, de acordo com a Polícia Militar.

    A suspensão da venda de combustível em vasilhames da foi motivada pela onda de ataques registrada nos últimos dias que resultou em ao menos quatro ônibus incendiados. Em um dos ataques, a menina Ana Clara Santos Sousa, 6, teve 95% do corpo queimado e morreu na manhã de segunda-feira (6).

    Outras quatro pessoas permanecem internadas devido a queimaduras no corpo. Entre elas, a irmã de Ana Clara, Lorane Beatriz Santos, de um ano e cinco meses, e a mãe dela, Juliane Carvalho Santos, 22. A criança está com 20% do corpo queimado e a mãe, com 40%.

    Além dos quatro ônibus incendiados, duas delegacias foram atacadas e um policial militar aposentado foi morto a tiros entre sexta-feira e sábado. O governo de Roseana Sarney (PMDB) diz que os ataques partiram de dentro do complexo de Pedrinhas.

    No último dia 31, a Polícia Militar, que assumiu a segurança em Pedrinhas, fez uma blitz nos presídios do Estado. No total, foram recolhidas 300 armas improvisadas, entre facas, facões e estiletes, além de drogas, bebidas alcoólicas e celulares.

    A Secretaria de Segurança Pública do Maranhão apresentou 11 detidos apontados como suspeitos de envolvimento nas ações criminosas. Dois deles são adolescentes.

    CRISE NO SISTEMA PRISIONAL

    Um dos supostos mandantes dos ataques foi identificado como Jorge Henrique Amorim Martins, 21, conhecido como Dragão. Ele está preso no complexo de Pedrinhas desde dezembro de 2012.

    O complexo vive uma crise desde o ano passado. A truculência das mortes na prisão, com decapitações, é alvo de críticas de organismos internacionais.

    Por isso, o governo federal ofereceu ajuda ao Estado do Maranhão: propôs a transferência dos líderes do complexo para presídios federais. O governo de Roseana ainda não respondeu sobre a oferta.

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