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    Tribunal suspende projeto de corredores de ônibus de Haddad

    MARIO CESAR CARVALHO
    DE SÃO PAULO

    08/01/2014 15h07

    O Tribunal de Contas do Município suspendeu nesta terça-feira o principal projeto do prefeito paulistano Fernando Haddad (PT) para os próximos três anos: a construção de corredores de ônibus orçados em R$ 4,7 bilhões.

    O TCM considerou que faltam requisitos básicos para os corredores serem construídos, entre os quais de onde virá o dinheiro para as obras. Falta também, ainda de acordo com o tribunal, o projeto básico de engenharia e urbanismo dos corredores.

    O Tribunal de Contas deu um prazo de 15 dias para a prefeitura se explicar.

    A construção de corredores é a principal aposta de Haddad para responder aos protestos de junho contra o aumento da tarifa do transporte público.

    A licitação suspensa pelo TCM foi lançada em julho e é dividida em dez partes, que somam 128 km de corredores em avenidas como Celso Garcia (zona leste) e 23 de Maio (zona sul). Outras duas licitações de corredores, herdadas da gestão Gilberto Kassab (PSD), estão em andamento.

    A meta da gestão Haddad é construir 150 km de corredores para oferecer uma alternativa rápida ao uso do carro.

    Editoria de Arte/Folhapress

    OUTRO LADO

    A prefeitura diz que esse tipo de veto do TCM é "normal e aconteceu também nas licitações de compra de uniforme escolar e para auditoria do sistema de ônibus". Em ambos os casos, diz a prefeitura, o veto foi suspenso.

    Segundo a prefeitura, os projetos têm recursos do PAC do Mobilidade e projetos básicos de engenharia e urbanismo existem, que serão apresentados no prazo de 15 dias.

    Esses projetos foram contratados ao custo de R$ 88,3 milhões e o prazo final de entrega é junho deste ano.

    Desde o início de sua gestão, Haddad implantou cerca de 300 km de faixas exclusivas de ônibus –aquelas que ficam à direta da via e têm horário de funcionamento limitado.

    Os corredores exclusivos ficam à esquerda da via, junto ao canteiro central, funcionam 24 horas e alguns têm separação física das outras faixas.

    Editoria de Arte/Folhapress

    Colaborou ANDRÉ MONTEIRO

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