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    Maranhão adia licitações para compra de lagosta e camarão

    DE SÃO PAULO

    09/01/2014 02h07

    O governo do Maranhão adiou as licitações para compra de alimentos para as duas residências oficiais. Os novos pregões não têm data para acontecer. Em meio ao caos em presídios, o Estado previa gastar R$ 1 milhão para alimentar a família Sarney e seus convidados até o fim do ano.

    A coluna "Painel", da Folha, revelou na edição de ontem (08) que a lista de compras incluía 80 kg de lagosta fresca, uma tonelada e meia de camarão e oito sabores de sorvete.

    O pacote para os palácios maranhenses também incluía 750 kg de patinha de caranguejo, por R$ 39 mil. O governo do Estado compraria ainda duas toneladas de peixe e mais de cinco toneladas de carne bovina e suína.

    As residências oficiais receberiam 50 caixas de bombom e 30 pacotes de biscoito champanhe. Outro item curioso: R$ 108 mil em ração para peixes.

    O edital ainda previa a compra de 2.500 garrafas de 1 litro de "refrigerante rosado" com "água gaseificada, açúcar e extrato de guaraná". Descrição sob medida para a compra do guaraná Jesus, bebida famosa do Maranhão.

    Com tantas encomendas, o governo faria duas licitações para escolher os fornecedores. O primeiro pregão, de R$ 617 mil, estava marcado para hoje às 14h30. O segundo estava agendado para esta sexta-feira.

    As iguarias deveriam ser entregues na residência oficial e na casa de praia usada pela governadora.

    A Folha visitou um dos presídios superlotados de São Luís. São cerca de 200 homens, o dobro da capacidade. A comida dos presos se limita a arroz e galinha crua. Uma chapa no chão da cadeia funciona como fogão para os presos terminarem de cozinhar o frango para conseguir comer.

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