A polícia afirmou na noite desta quinta-feira que July Bernardes Vasconcelos Reis, 29, confessou ter pichado a estátua de Drummond no dia 25 de dezembro, em Copacabana, na zona sul do Rio. Ela foi identificada a partir de imagens das câmeras de segurança da orla da avenida Atlântica.
As imagens mostram July com o namorado, Pablo Lucas Faria, que já havia se apresentado à polícia na última segunda-feira (6) e também confessou. Os dois foram liberados e responderão ao crime em liberdade.
Segundo o delegado José Fagundes de Rezende, titular da DPMA (Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente), a dupla admitiu envolvimento em pichações de outros dois monumentos: um em homenagem ao jornalista Zózimo Barroso do Amaral, no Leblon, e outro à memória de Estácio de Sá, no Aterro do Flamengo, todos bairros da zona sul do Rio.
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O delegado afirmou que além das pichações, July responde a outros inquéritos por homicídio, tentativa de homicídio e lesão corporal em delegacias dos bairros de Piedade e Marechal Hermes, na zona norte.
Ainda que tenham confessado o crime ambiental (passível de detenção de três meses a um ano por cada um dos três ataques a monumentos), o delegado diz acreditar que outras provas têm de ser arregimentadas para levar o casal, que já foi indiciado, à condenação.
"São necessárias provas materiais, especialmente um laudo da perícia", disse Rezende, apontando para os vestígios da tinta coletados nos monumentos, que se somarão às próprias imagens das câmeras de segurança.
O ataque à imagem de Drummond em dezembro foi a segunda pichação à estátua do escritor mineiro. Antes, em 2002, a obra foi danificada com tinta meses após ter sido inaugurada. Os óculos do escritor, em bronze, foram roubados e tiveram de ser repostos pela oitava vez em junho passado.