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    Quadrilha é presa suspeita de furtar peças em cemitério em SP

    MARTHA ALVES
    RICARDO BUNDUKY
    DE SÃO PAULO

    10/01/2014 04h43

    Policiais militares prenderam uma quadrilha suspeita de furtar peças de bronze no cemitério do Araçá, na região do Sumaré, zona oeste de São Paulo, na madrugada desta sexta-feira.

    Moradores da região ligaram para o 190 reclamando de barulho no cemitério, por volta da 1h. Quando os policiais chegaram no local flagraram quatro homens transportando cerca de 30 peças de bronze para o interior de uma Kombi, estacionada do lado de fora do cemitério.

    Dois homens foram presos no interior do cemitério. Outros dois tentaram fugir pulando o muro do cemitério, mas foram presos na rua. Uma mulher, escondida no interior de um Meriva estacionado próximo à Kombi, também foi presa.

    Segundo a Polícia Militar, a Kombi estava lotada com as peças furtadas e a mulher faria o transporte do restante da quadrilha. Entre as peças apreendidas estavam dez esculturas, dois vasos, nove crucifixos, uma pira e cinco bases, todos de bronze.

    Furtos são frequentes no Araçá: somente em 2013, foram registrados 23 casos entre abril e novembro. Segundo o delegado Percival Alcântara Júnior, do 23º DP (Perdizes), os casos tiveram redução a partir de novembro, quando um receptador foi preso em Santa Cecília, na região central.

    A segurança do cemitério é de responsabilidade da GCM (Guarda Civil Metropolitana), que faz rondas durante o dia no local. Mas à noite, não há vigilância. Também não há câmeras de segurança no local, o que dificulta a identificação dos criminosos.

    O Serviço Funerário informou que está em processo de contratação de segurança privada para os cemitérios, "o que deverá ocorrer ainda no primeiro semestre de 2014".

    DEPREDAÇÃO

    Nesta semana, ao menos 21 túmulos foram depredados no cemitério do Araçá. O ato de vandalismo foi o maior já registrado no local.

    No domingo (5), cerca de 30 vândalos, vestidos com roupas pretas, arrombaram a porta da capela do cemitério, construída em 1897, quebraram um altar de mármore e uma estátua de Nossa Senhora Auxiliadora.

    O grupo também avariou dois carrinhos elétricos e esvaziou extintores de incêndio que ficavam próximos à sede da administração. Banheiros tiveram pias e vasos sanitários destruídos. Nenhuma sepultura, foi violada.

    Entre as estátuas quebradas ou derrubadas estão esculturas de mármore, cobre ou bronze, algumas com danos irrecuperáveis. As famílias foram avisadas sobre os danos.

    Em novembro de 2013, vândalos invadiram o Ossário Geral, onde estão os restos mortais de 1.046 pessoas encontradas no cemitério Dom Bosco, em Perus (zona norte), usado para enterrar presos políticos e comuns como indigentes.

    Uma obra de arte que fazia alusão aos desaparecidos da ditadura militar (1964-1985) foi destruída e ossos espalhados pelo cemitério.

    Construído em 1887, o cemitério é o terceiro mais antigo da cidade, atrás apenas do cemitério da Consolação e do cemitério da Quarta Parada.

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