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    Comissão do Senado prepara visita a prisões e pedidos de informações ao MA

    DE BRASÍLIA

    10/01/2014 16h21

    Apesar do recesso parlamentar, a Comissão de Direitos Humanos do Senado decidiu realizar na segunda-feira (13) uma visita ao Complexo Penitenciário de Pedrinhas, em São Luís (MA), para checar a situação dos presos e as condições da unidade prisional.

    Na diligência, os parlamentares também vão reunir informações para um eventual posicionamento sobre uma intervenção federal no Estado, que vem sendo discutida pelo Ministério Público. O conjunto de cadeias do Maranhão é o pivô da onda de violência que tomou conta do Maranhão desde o fim do ano passado.

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    Segundo o governo maranhense, é das unidades prisionais que partiram as ordens para ataques a ônibus e delegacias na semana passada –quatro pessoas se feriram e uma criança morreu. Desde 2013, 62 detentos foram mortos em confrontos entre facções criminosas estabelecidos no em Pedrinhas.

    A presidente da comissão, senadora Ana Rita (PT-ES), deve ser acompanhada pelos colegas Randolfe Rodrigues (PSOL-AP) e João Capiberibe (PSB-AP). A comissão ainda prepara um pedido de informação aos órgãos governamentais e vai tratar do assunto no dia 5 de fevereiro, em sua primeira reunião do ano.

    Hoje, pelo Twitter, a presidente Dilma Rousseff quebrou o silêncio sobre a crise na segurança do Estado e disse que tem acompanhado a situação com "atenção".

    "Tenho acompanhado com atenção a questão da segurança no Maranhão. Em dezembro determinei o envio da Força Nacional para apoiar as ações de segurança do governo do Maranhão", disse no microblog.

    Desde que retornou na segunda-feira (6) do recesso de fim de ano, a presidente tem despachado no Palácio da Alvorada, residência oficial da Presidência, por conta de uma gripe.

    Na rede social, Dilma destacou a criação de um comitê de órgãos estaduais e federais para conter a crise no sistema penitenciário local anunciado pela governadora Roseana Sarney e o ministro José Eduardo Cardozo (Justiça) que discutiram ontem medidas para o setor.

    A presidente destacou que as medidas do comitê são "similares àquelas encaminhadas nos casos de SP, RJ, SC, AL, PR, por exemplo".

    "O Ministério da Justiça ofereceu vagas em presídios federais para transferência de presos do Maranhão. O ministério apoia mutirão de defensores públicos para análise da situação dos presos. Também aumentará efetivo da Força Nacional no Maranhão", completou.

    Sem apresentar números e prazos, Roseana e Cardozo disseram que esse comitê, comandado pela governadora, buscará um plano uniforme para controlar a violência nas prisões.

    Ontem, Roseana se irritou na entrevista diante de uma pergunta sobre a família Sarney. Interrompeu uma pergunta da Folha ao ministro da Justiça sobre o silêncio da presidente diante das mortes de presos no Estado e se essa atitude teria relação com a aliança política do Planalto com o PMDB e a família Sarney.

    "Quero dizer uma coisa a vocês: isso não existe como família. Eu sou a governadora, eu sou Roseana Sarney. [...] Se vocês tiverem de penalizar alguém, eu sou a responsável", declarou.

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