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    Mortos em Campinas (SP) tinham até 30 anos; seis tinham antecedentes

    DE SÃO PAULO

    13/01/2014 17h02

    As 12 pessoas mortas a tiros entre a noite de domingo e madrugada desta segunda-feira (13) em Campinas (a 93 km de São Paulo) tinham até 30 anos de idade –uma das vítimas era adolescente. Entre os assassinados, seis tinham passagem pela polícia por crimes como homicídio e roubo.

    A polícia diz, porém, que não especificará quais das vítimas já tinham antecedentes criminais.

    As mortes ocorreram em um intervalo inferior a três horas, no distrito de Ouro Verde –um dos mais populosos da periferia da cidade. Horas depois, três ônibus e um carro foram queimados na região.

    Os homicídios têm características semelhantes. Em todos os casos, os atiradores passavam de carro e atingiam os jovens com vários tiros de pistolas.

    Por volta das 23h20, foram mortos Wesley Adiel Lopes, 19, Alex Sandro de Carvalho, 30, e o adolescente Peterson Calderani, 17, baleados na cabeça e nas costas, no bairro Recanto do Sol. Dez minutos depois, foram assassinados Sadrack Galvão, 25, no bairro Cosmos, e Jailson da Costa, 28, no Parque Universitário, ambos com tiros na cabeça.

    Na sequência, por volta das 23h40, mais cinco foram mortos no bairro Vila Nova: Daniel da Silva, 20, José Ricardo Grilo, 20, Rodnei Manoel, 27, Gustavo Moura da Silva, 21, Diego Dias Coelho, 24. A última vítima, não identificada, foi assassinada por volta da 1h40, no bairro Vista Alegre.

    Editoria de Arte/Folhapress

    INVESTIGAÇÃO

    A Polícia Civil investiga se as mortes foram praticadas por policiais militares. A hipótese é que seria uma retaliação ao assassinato de um colega na mesma região. O PM foi morto a tiros no domingo, às 12h, após reagir a um assalto em um posto de gasolina.

    Outra hipótese da polícia é que os crimes sejam motivados por uma briga entre gangues de bairros vizinhos.

    Após os assassinatos, ao menos três ônibus e um carro foram incendiados na manhã de hoje. Os ataques aconteceram próximo ao terminal Vida Nova, na mesma região onde aconteceram os homicídios. Os veículos foram queimados por um bando formado por cerca de 30 pessoas. Até o momento ninguém foi preso.

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