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    Antes de matar 4 em Campinas, grupo mandou garotas entrar em casa

    REYNALDO TUROLLO JR.
    ENVIADO ESPECIAL A CAMPINAS

    14/01/2014 03h30

    Dos doze mortos em Campinas (a 93 km de São Paulo) entre a noite de domingo e a madrugada de segunda, quatro vítimas, incluindo um adolescente, foram assassinadas na primeira chacina, por volta das 23h20 de domingo.

    O ataque ocorreu no Recanto do Sol 2, bairro na região do Ouro Verde, na periferia de Campinas.

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    Peterson Rodrigues Calderari, 17, estava sentado em frente de casa com o irmão, Patrick da Silva, dois anos mais velho, e mais dois colegas.

    Eles comiam pizza quando um grupo de homens encapuzados desceu de um carro e os abordou, de acordo com testemunhas que não quiseram se identificar.

    A irmã deles e uma amiga, que saíram à rua naquele momento, receberam ordem dos encapuzados para voltassem para casa e fechassem a porta, mostram relatos.

    Logo depois que elas entraram, os quatro rapazes foram baleados. Acabaram morrendo ali mesmo. Eles receberam disparos na cabeça e nas costas.

    A Polícia Civil informou ter encontrado no local cápsulas de pistolas 380 e 9 mm.

    FILHA

    O mais velho entre os mortos nessa chacina era Alex Sandro Giovanelli de Carvalho, 30. Ele deixou uma filha de oito anos.

    Durante o velório, no cemitério Parque Nossa Senhora Conceição, a mãe de Carvalho se esforçava para consolar a neta.

    "Não vai te faltar nada. Eu falei para o meu filho que não vou sossegar enquanto não botar todo mundo na cadeia", dizia ela, enquanto abraçava a criança.

    NOVOS EXAMES

    O quarto morto nesse caso foi Wesley Adiel Lopes, 19 –que teve o corpo retirado do velório ontem à tarde para passar por novos exames no Instituto Médico-Legal.

    Lopes trabalhava como soldador e planejava retomar os estudos neste ano, contaram parentes.

    "A família está desesperada sem saber o que aconteceu", afirmou uma tia.

    Editoria de Arte/Folhapress

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