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    Rio de Janeiro

    Filas 'enfeitam' cartões postais no mundo todo

    FÁBIO BRISOLLA
    DO RIO

    15/01/2014 18h00

    A Torre Eiffel, em Paris, se assemelha ao Pão de Açúcar, no Rio, em um aspecto: as duas atrações turísticas testam a resistência do visitante no período classificado como alta temporada. São filas constantes, que significam até cinco horas de espera.

    Na semana passada, a administradora do bondinho do Pão de Açúcar antecipou em meia hora a abertura da bilheteria (a partir das 7h30) e aumentou o número de guichês de seis para dez. Foi uma tentativa de minimizar os transtornos constatados nas últimas semanas.

    Desde o feriado de réveillon, a fila chega a se estender até a praia Vermelha, situada ao lado da estação do bondinho.

    No Largo do Machado, ponto de partida das vans do Parque Nacional da Tijuca para o Cristo Redentor, no morro do Corcovado, turistas também aguardam por até cinco horas. Trata-se do tempo máximo.

    Tanto no Pão de Açúcar, quanto no Corcovado, a espera quase sempre oscila entre uma e três horas. Na sexta-feira, 3 de janeiro, a australiana Sylvia Rucker, 53, moradora de Sydney, chegou à estação do Trem do Corcovado no início da tarde, acompanhada pelo marido e seus dois filhos. Soube que o próximo tíquete disponível seria para uma saída às 20h, rumo ao Cristo Redentor.

    Editoria de Arte/Folhapress

    Ela desistiu e, ao sair da estação, foi abordada por um representante da cooperativa Corcovado Car Service. A empresa cobra R$ 20 para levar o turista até a metade do caminho, uma área dentro do Parque Nacional da Tijuca, onde o visitante compra um segundo tíquete (no valor de R$ 31,36) para entrar em outra van e finalmente chegar ao Cristo Redentor.

    Quando a família australiana desembarcou nesta área de transição, a fila de espera para a segunda van reunia mais de 350 pessoas.

    "Fiquei em choque quando vi a fila", disse, aos risos, Sylvia Rucker, que esperou por quase três horas. "O homem que nos trouxe até aqui em momento nenhum falou que havia essa segunda fila enorme."

    A australiana lembrou que em seu país também são comuns as filas em pontos turísticos, como a Opera House em Sydney. Entretanto, ela citou a falta de informações ao visitante como uma peculiaridade brasileira.

    Para escapar das filas no Rio, a solução é comprar o ingresso pela internet. As saídas do Trem do Corcovado, por exemplo, são com horário marcado.

    Na Estátua da Liberdade, em Nova York, no Coliseu, em Roma, e no bondinho do Pão de Açúcar existem filas especiais (e muito mais rápidas) para aqueles que adquiriram bilhetes online.

    "O barco para a Estátua da Liberdade sai a cada 40 minutos. Para quem não comprou pela internet, é comum esperar por até três barcos", disse Marcia Freire, diretora da operadora de turismo Selecta Travel, de Nova York.

    Ingressos para a Torre Eiffel também estão à venda pela internet. Entretanto, a fila é a mesma para todos.

    "A fila para a Torre Eiffel é lenta. São apenas dois elevadores e isso não vai mudar", disse Eliana Vaz Toste, diretora da operadora de turismo Top de France, de Paris.

    No caso da London Eye, a roda gigante de Londres, há um tíquete especial, mais caro, que garante o acesso imediato.

    Inspirada na atração inglesa, uma roda gigante com 16 cabines fechadas e capacidade para 128 pessoas pode ser instalada na Praia de Botafogo, na zona sul do Rio. Se a prefeitura der o aval para o projeto, a fila parece ser promissora.

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