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    Moradores da cracolândia só aceitam ir para hotel se levarem cachorro

    ANDRÉ MONTEIRO
    ARETHA YARAK
    REYNALDO TUROLLO JR.
    DE SÃO PAULO

    16/01/2014 03h40

    Moradores da "favelinha" da cracolândia, no centro de São Paulo, ameaçaram não entrar nos hotéis caso não pudessem ficar com seus cachorros. Com as famílias, agentes da prefeitura contabilizaram 16 animais.

    Carlos Eduardo do Nascimento, 25, morou em um barraco por um mês e meio. Já chegou ao local com o vira-lata Billy, que achou abandonado em uma rua meses antes.

    "Não vou deixar o bichinho na rua pra morrer atropelado. Já pensou se fosse eu?" disse, visivelmente irritado, enquanto esperava uma assistente social encontrar um hotel que aceitasse o cão.

    "A gente só sobe se tiver lugar para ele", disse sua companheira, Fátima Amaya, 37.

    Inicialmente, os cachorros estavam proibidos nos hotéis. Na primeira noite, os animais ficaram com os donos, mas houve reclamação -um deles, trancado pelo dono, quebrou a porta para sair.

    Carlos e Fátima só ficaram aliviados quando Billy foi liberado para passar a noite com eles em um dos hotéis.

    Agentes informaram que será realizada hoje uma reunião para definir a situação dos bichos. Segundo eles, já foi requisitado um espaço no Centro de Controle de Zoonoses para abrigá-los.

    Marlene Bergamo/Folhapress
    Moradora da cracolândia Fátima Amaya e seu cão Billy
    Fátima Amaya, 37, ex-moradora de um barraco na cracolândia, segura seu cão, o vira-lata Billy

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