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    Rio de Janeiro

    Segurança é reforçada, mas jovens não aparecem para 'rolezinho' no Rio

    DE SÃO PAULO

    18/01/2014 19h43

    BRUNA FANTTI
    COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, DO RIO

    Mais de três horas depois do horário marcado (16h) para o "rolezinho" no shopping Ilha Plaza, na Ilha do Governador, zona norte do Rio, quem ficou vagando pelos corredores do estabelecimento foram os seguranças. Isso porque nenhum grupo que havia confirmado pelo Facebook presença no evento se reuniu no local.

    Nas ruas próximas, policiais do batalhão de Choque que estavam em três viaturas faziam revistas em ônibus e checavam os documentos de motoqueiros, apesar de o secretário de Segurança, José Mariano Beltrame, ter afirmado que não tomaria nenhuma medida preventiva para evitar os "rolezinhos". Também PMs do 17º BPM (Ilha do Governador) reforçaram com rondas o entorno do Ilha Plaza.

    "Estou com medo, já que nunca vi tanta polícia junta assim. Se eles estão aqui nesse número é porque não deve ser só um passeio para tumultuar e sim um arrastão", disse a dona de casa Marlisa Soares, de 47 anos.

    Entre as medidas de segurança preventivas tomadas pelo grupo BR Malls, que administra o shopping, estavam o reforço na segurança, o fechamento com grades das lojas da fachada e a abertura de apenas uma passagem de três disponíveis na entrada principal.

    Além disso, foram colocados extintores de incêndio nos corredores. Os lojistas foram avisados que o "rolezinho" poderia acontecer e a imprensa não foi autorizada a entrar com câmeras ou a realizar entrevistas dentro do shopping.

    Em algumas lojas os funcionários anotavam as vendas. "Isso para caso ocorra um arrastão, temos que saber certinho o que foi vendido ou roubado", disse uma lojista.

    A apreensão fez algumas pessoas irem embora, e os taxistas sentiram a queda no movimento. "Esse horário (18h) é de pico, quase não há carro disponível. Mas hoje, seis estão parados, sem clientes", disse um taxista.

    Apesar da tensão, alguns comemoraram. "Poderiam marcar sempre "rolezinhos" aqui. Tem dois policiais em cada esquina e não há muitos clientes para comprar. Está uma maravilha", ironizou um vendedor.

    Em nota, a Secretaria de Segurança afirmou que "a operação realizada hoje na Ilha do Governador é uma operação de rotina em busca de armas e drogas e já estava programada".

    Procurada pela Folha, a PM não havia esclarecido até as 19h deste sábado a razão da presença de policiais nas proximidades do shopping.

    NO DOMINGO

    Pelo Facebook, um "rolezinho" no Shopping Leblon, na zona sul do Rio, foi marcado para as 16h30 deste domingo (19). A página de convocação para o evento, porém, saiu do ar.

    A administração do shopping informou que "está tomando as medidas cabíveis para garantir a segurança dos seus lojistas, consumidores e funcionários".

    Decisão proferida na sexta-feira (17) pela juíza da 14ª Vara Cível, Isabela Pessanha Chagas, estipula multa de R$ 10 mil para quem se manifestar nas dependências do Shopping Leblon.

    Determina que dois oficiais de justiça estejam dentro do local desde às 15h -o ato está marcado para as 16h- para identificar manifestantes para "posterior citação" em juízo. A magistrada manda ainda dar ciência de sua decisão à Polícia Militar e à vara da Infância e Juventude, "em razão da possibilidade de envolvimento de menores na manifestação".

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