A Prefeitura de São Paulo planeja divulgar até o fim de fevereiro o edital para a contração da empresa que fará a exploração da Zona Azul eletrônica na cidade. O novo sistema, segundo a CET (Companhia de Engenharia de Tráfego), permitirá que motoristas reservem vagas na cidade pela internet.
As diretrizes da licitação para a exploração da Zona Azul eletrônica foram apresentadas pelo secretário Municipal de Transportes, Jilmar Tatto, na tarde de ontem. Segundo a proposta, a ideia é melhorar a eficiência do sistema por meio do controle automatizado e equipamentos eletrônicos de coletas, conhecidos como parquímetros, que aceitarão de Bilhete Único a cartão de crédito ou débito.
De acordo com a CET, haverá também aplicativos para smartphones e tablets que possibilitarão o pagamento e a reserva de vagas na cidade. São Paulo tem hoje cerca de 37 mil vagas de Zona Azul. Segundo cálculos do mercado, seria necessário instalar ao menos 2.000 parquímetros na cidade para substituir o atual sistema de estacionamento rotativo, que usa um talonário de papel.
A tarifa hoje é de R$ 3 por folha, em geral por uma hora de estacionamento. Em 2012, a cobrança gerou R$ 63,7 milhões. A taxa de lucro é de 50%.
A Prefeitura também exigirá da empresa que fará a exploração do novo sistema a instalação de uma Central de Controle que fará o monitoramento das vagas de forma remota e fornecerá relatórios de gerenciamento, planejamento e utilização do sistema por região.
Por meio da central, os agentes da CET terão as informações sobre a ocupação irregular das vagas, sem a necessidade de percorrerem toda a região para identificarem os motoristas estacionados irregularmente. A central ainda possibilitará, segundo a CET, o combate à fraude e à atuação de flanelinhas na cidade.
A consulta pública para a futura licitação do serviço ocorrerá no período de 3 a 7 de fevereiro. O contrato com a empresa vencedora do pleito terá duração de 20 ou 30 anos e o sistema eletrônico de zona azul deve entrar em funcionamento em 2015.
OUTRAS TENTATIVAS
A primeira tentativa de implantar Zona Azul eletrônica ocorreu com o então prefeito Celso Pitta, em 1997. Em 2003, a gestão Marta Suplicy (PT) tentou fazer o mesmo, mas a licitação foi cancelada após questionamento na Justiça.
Em 2012, a gestão Gilberto Kassab (PSD) chegou a testar o sistema, mas desistiu.