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    Ministra fez 'proselitismo' após morte de jovem gay, diz secretária

    DE SÃO PAULO
    DE BRASÍLIA

    22/01/2014 03h30

    A secretária de Justiça de São Paulo, Eloisa Arruda, criticou a ministra Maria do Rosário por ter afirmado, em nota oficial na última sexta-feira, que Kaique dos Santos foi "brutalmente assassinado" por homofobia.

    O texto afirmava ainda que a Secretaria de Direitos Humanos da Presidência estava "acompanhando o caso junto às autoridades estaduais" para "evitar a impunidade". O Estado é comandado pelo PSDB, que faz oposição ao governo federal petista.

    Eloisa Arruda defendeu a investigação da polícia e afirmou que a homofobia deve ser tratada "de forma responsável e sem considerações precipitadas".

    "Lamento que uma situação tão dolorosa tenha sido encaminhada de forma sensacionalista", disse a secretária. "São casos que devem ser tratados com serenidade e seriedade, sem fazer proselitismo com o sofrimento alheio."

    Gustavo Bernardes, coordenador-geral de Promoção dos Direitos de LGBT da pasta de Maria do Rosário diz que não houve precipitação ao tratar o caso como assassinato.

    Segundo ele, a pasta só descartará a tese crime de ódio quando saírem os laudos. "Sempre que a ministra e eu nos manifestamos, citamos que confiávamos que as autoridades fariam a apuração correta."

    Em resposta às criticas de Eloisa Arruda, a secretaria disse que agiu em defesa da família de Kaique.
    "Como a ministra afirmou no caso do presídio de Pedrinhas, os direitos humanos são uma questão suprapartidária."

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