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    Piscinão sem manutenção causou enchente em SP, dizem moradores

    REYNALDO TUROLLO JR.
    DE SÃO PAULO

    23/01/2014 14h49

    Moradores das áreas afetadas pela forte chuva que atingiu a região metropolitana de São Paulo na noite de quarta-feira (22) apontam a falta de manutenção de um piscinão em Embu das Artes como sendo um dos fatores causadores das enchentes que destruíram casas na zona sul da capital, em Embu e em Taboão da Serra.

    Segundo os moradores da região, o piscinão, responsável por evitar transbordamento do córrego Pirajuçara, estava cheio antes do temporal, porque suas bombas não estavam ligadas.

    O piscinão tem que estar vazio antes da chuva para captar água do córrego e, depois que a chuva passar e o nível do córrego diminuir, bombear de volta a água. Como o piscinão estava cheio, houve o transbordamento, segundo os moradores.

    O DAEE (Departamento de Águas e Energia Elétrica), do governo do Estado, assinou um contrato com uma empresa no último dia 6 de janeiro para a manutenção de 25 piscinões na região metropolitana –inclusive o que apresentou problemas durante a chuva de ontem. Até março de 2013, enquanto havia outro contrato em vigor, a manutenção era feita pelo DAEE.

    O órgão afirma, porém, que a manutenção dos piscinões "sempre foi das prefeituras".

    A Prefeitura de Embu das Artes, por sua vez, afirma que "o governo do Estado é 100% responsável pela limpeza do piscinão, de acordo com convênio firmado em dezembro de 2011".

    REVOLTA

    O clima entre os moradores dos bairros afetados pelas enchentes, que ficam na zona sul de São Paulo, em Embu das Artes e em Taboão da Serra, é de revolta. Muitos fizeram barricadas nas ruas com móveis que perderam. A Polícia Militar acompanhou sem precisar intervir uma série de protestos.

    Ao menos cinco carros foram arrastados para dentro do córrego Pirajuçara. Na área mais atingida, existem dois piscinões –o de Embu das Arte, que teria apresentado problemas maiores, e o de Taboão da Serra, em área onde o rio também transbordou.

    Entre os moradores há relatos de pessoas desaparecidas –ao menos uma criança e um idoso. O Corpo de Bombeiros atua na área.

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