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    Com 'black blocs', ato contra a Copa tem quebradeira no centro de SP

    CIDA ALVES
    DE SÃO PAULO

    25/01/2014 17h34

    Após interditar as avenidas Paulista e Brigadeiro Luís Antônio, um protesto contra a realização da Copa do Mundo no Brasil conduzido por "black blocs" chega ao centro de São Paulo, gerando quebradeira e corre-corre.

    Na rua 7 de Abril, mascarados atearam fogo em uma lixeira e a jogaram contra uma agência bancária da Caixa Econômica, quebrando seus vidros. Na alameda Barão de Itapetininga, uma agência do Bradesco e um Mc Donald's sofreram depredações.

    A polícia tenta reprimir os manifestantes com o uso de bombas de gás lacrimogêneo.

    INÍCIO

    O ato começou pacífico na tarde deste sábado (25) no vão-livre do Masp, de onde os manifestantes se aglomeraram para depois começar a se deslocar pela Paulista, às 18h. Pouco antes das 19h, eles desceram pela avenida Brigadeiro Luís Antônio, no sentido centro.

    Segundo o major da PM Larry Saraiva, havia mil manifestantes e 2.000 policiais monitorando o protesto no local, incluindo oficiais da Tropa de Choque, da Força Tática e um helicóptero Águia.

    Entre os integrantes do ato, que não se identificam e afirmam não ter liderança, há movimentos como a Anel (Assembleia Nacional de Estudantes - Livre) e Conlutas (Central Sindical e Popular).

    Eles gritavam frases como "Não vai ter Copa" e "Dilma, vê se escuta, na Copa vai ter luta".

    Comerciantes da região fecharam as lojas com receio de depredações. "Já tivemos problemas em outras manifestações. Vamos fechar as portas até o tumulto passar", diz a vendedora Carolina Ferreira.

    Pedestres que transitavam pela Brigadeiro no início da noite se assustaram com os manifestantes e procuraram abrigo em um supermercado, que também fecharam as portas.

    Por volta das 19h45, os manifestantes chegaram à sede da Prefeitura, já em pelo menos 3.000, com pelo menos 200 mascarados no grupo. Eles se dissiparam pelas ruas do centro, onde começaram os primeiros confrontos.

    FACEBOOK

    A manifestação foi marcada pelo Facebook e o grupo com maior número de integrantes na rede social tem mais de 24 mil participantes confirmados.

    Desde a madrugada deste sábado, pouco mais de 50 manifestantes acamparam no local para o que chamaram de "Primeiro Grande Ato contra a Copa do Mundo".

    O grupo que se autodenominou "Se não tiver direitos não vai ter Copa" e preparou faixas e placas com dizeres contra a realização do evento esportivo.

    De acordo com o manifesto divulgado pelo grupo, o movimento é "contra os gastos bilionários da Copa e a favor de um melhor sistema de transporte, moradia e saúde para a população."

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