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    Comandante da PM diz que tiros em estudante foram em legítima defesa

    DE SÃO PAULO

    27/01/2014 13h13

    O comandante-geral da Polícia Militar de São Paulo, Benedito José Meira, afirmou na manhã de hoje que, com base nas informações que dispõe, os policiais que atiraram em um jovem durante os protestos do final de semana agiram em "legítima defesa".

    O estudante Fabrício Proteus Nunes, 22, foi atingido no peito e na virilha, na esquina das ruas Sabará e Piauí, em Higienópolis. Internado na Santa Casa, ele está em estado grave e respira com a ajuda de aparelhos.

    "Os policias estavam na rua Consolação abordando pessoas quando decidiram falar com os dois jovens. A polícia deu ordem para que parassem, mas eles decidiram correr", afirmou Meira em entrevista à rádio "CBN".

    Segundo o comandante-geral, na mochila do jovem que acabou se entregando havia uma chave de grifo, um estilete, máscaras, um explosivo e combustível.

    O outro jovem tentou escapar e foi perseguido por dois policiais. De acordo com o comandante, ele ameaçou ferir os PMs com um canivete.

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    "Nas imagens gravadas, é possível ver o policial que cai quando o jovem vai para o lado dele com um canivete. Foi aí que o PM fez dois disparos, um que atingiu a virilha e o outro a clavícula do rapaz. Os dois disparos foram de baixo para cima. Uma pessoa caída, que poderia ser agredida, para evitar uma injusta agressão, fez os disparos."

    Para Meira, "não houve excesso" e será analisada pela Corregedoria em investigação a proporcionalidade da reação dos PMs e se eles tinham outros meios de reagir.

    "A ação está respalda no direito penal como legítima defesa. Seria diferente se o policial tivesse feito dez, doze disparos no rapaz. Pelas informações que tenho, pelas imagens, ele não tinha outra forma de reagir que não com a arma de fogo."

    O comandante afirmou que "bandidos" estão infiltrados entre os manifestantes e que a reações mais enérgicas da polícia visam coibir as ações desses grupos. Ele explicou também que a PM voltou a usar bala de borracha porque "os vândalos" voltaram a agir.

    "O único instrumentos que temos para restabelecer a ordem, em determinadas situações, para impedir vandalismo, para impedir que policiais sejam agredidos, é a bala de borracha."

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