A Prefeitura de São Paulo, o Ministério Público e a Abrasce (associação que reúne mais 250 donos de shoppings no Brasil) vão se reunir na quarta-feira (29) para estabelecer regras para a realização dos "rolezinhos" dentro dos shoppings da cidade. A Secretaria Municipal de Igualdade Racial chegou a informar por meio de nota que havia um acordo informal que estabelecia que os novos encontros fossem feitos nos estacionamentos dos shoppings da cidade, mas recuou e desmentiu a informação.

As novas diretrizes serão apresentadas amanhã na primeira reunião entre as partes na Secretaria da Igualdade Racial, com a presença de alguns "rolezeiros" – organizadores das reuniões de jovens marcadas por redes sociais. Entretanto, a lista dos convidados não foi informada.

Entre os assuntos discutidos, estará a possibilidade de os novos "rolezinhos" precisarem ser avisados com antecedência à prefeitura e à associação de shoppings antes de serem marcados. Também poderá ser exigido um consenso para garantir a segurança do evento.

Durante os "rolezinhos", os adolescentes se reúnem em grupos de cerca de 20 e passam por corredores entoando batidas de funk. Os que vêm atrás se integram aos demais, numa formação conhecida como "bonde" e costumam promover correria.

"A intenção é potencializar a capacidade de mobilização destes jovens para promover ações e campanhas que alcancem positivamente esta parcela da sociedade", informou a secretaria da Igualdade Social, por meio de nota.

"É de entendimento das partes que os shoppings tem que ser vistos como uma área pública de lazer e integração social", completou a nota. A prefeitura também seria a responsável cultural dos "rolezinhos".

Lucas Lima, 17, organizador de um evento no shopping Metrô Itaquera neste mês, disse não ter sido convidado para a reunião. Mas concorda com a proposta dos estacionamento: "Achei uma boa."