A presidente Dilma Rousseff afirmou nesta terça-feira que espera esclarecimentos do governo de São Paulo sobre a violência nos protestos do último sábado (25).

Os protestos que ocorreram na região central da capital paulista no aniversário da cidade acabou com ataque a agências bancárias, depredação de lojas e ao menos um carro incendiado. Um rapaz de 22 anos foi baleado por policiais militares após o ato.

"Houve um problema, tem de ser esclarecido, mas também não se pode prejulgar", disse Dilma. "É importante que o governo do Estado de São Paulo esclareça as condições, como tem feito o secretário da segurança pública; nós esperamos esses esclarecimentos, junto com todos os brasileiros", acrescentou.

A presidente afirmou que o Brasil reagiu com maturidade aos protestos, sem recorrer à repressão e escutando a voz das ruas. Mas afirmou: "Eu sou contra atos de vandalismo, de violência, contra pessoas e patrimônio público e privado. Isso é inadmissível."

BALEADO

Fabrício Nunes Fonseca Mendonça Chaves foi alvo de três tiros, disparados por dois PMs, na esquina das ruas Sabará e Piauí, em Higienópolis, logo após o ato que acabou em vandalismo, com agências bancárias, lojas depredadas e um carro incendiado.

O Ministério Público de São Paulo divulgou uma nota na noite desta terça-feira afirmando que "não cabe a nenhum outro órgão ou instituição o exame prematuro" da ação policial que feriu Fabrício.

Sem citar nomes de instituições ou pessoas, a nota afirma que "compete privativamente ao Ministério Público, titular exclusivo da ação penal pública, nos termos da Constituição Federal, promover o enquadramento da conduta dos policiais militares envolvidos".